PT tentará repetir missão de transferir votos de Lula a sucessor com prazo mais curto que em 2010

Foto: Sérgio Castro / Estadão Conteúdo

Cientes de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – preso há três meses – tem pouquíssimas chances de se viabilizar judicialmente como candidato à Presidência, o PT se prepara para um desafio inédito. A tarefa da sigla até meados de setembro será amealhar cada vez mais votos para Lula para tentar transferi-los em bloco ao substituto do petista, a apenas três semanas da eleição, e levá-lo ao segundo turno.

Embora oficialmente Lula continue a ser o plano A da legenda – dentro do PT, nos últimos meses os dirigentes do partido tem repetido o bordão de que “Lula é igual bolo: quanto mais bate, mais ele cresce” -, a manobra de transferência de votos é considerada tão inevitável que o PT já encomendou ao menos três pesquisas ao Instituto Vox Populi para tratar do potencial de transferência de voto do ex-presidente – que aparece nas sondagens eleitorais em um patamar de 30% das preferências dos eleitores.

“Verificamos uma capacidade de transferência do ex-presidente de no mínimo 20% dos votos e um teto por volta de 32%, no primeiro turno. Com isso, o candidato do PT iria para o segundo turno, talvez até mesmo na liderança”, avalia Marcos Coimbra, presidente do Vox Populi.

Os resultados obtidos pelo instituto coincidem com os registrados por órgãos como Ibope e Datafolha: dois terços dos que se declaram eleitores de Lula dizem que votariam com certeza em um candidato indicado por ele.

Em um cenário sem Lula, os atuais líderes das pesquisas, Jair Bolsonaro, Marina Silva e Ciro Gomes, não superam os 20% das intenções de votos. O ex-governador da Bahia Jaques Wagner e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, os possíveis sucessores de Lula na disputa, atingem de 1% a 2% das intenções de voto, no máximo, quando pontuam.

Fonte: BBC Brasil


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