O Governo do RN pagará a segunda e última parcela do pagamento do mês de junho nesta quinta-feira (29), para ativos, inativos e pensionistas, ainda dentro do mês trabalhado. Mais da metade dos trabalhadores do Estado já receberam o salário integral adiantado no último dia 15 ou 30% adiantado para quem recebe acima de R$ 4 mil.
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar ontem (29) a constitucionalidade do prazo de validade para saques de precatórios e requisições de pequeno valor (RPV) federais. Os documentos são títulos de dívidas do governo que devem ser pagos aos credores após decisão definitiva da Justiça.
Quarta-feira, 29, o Supremo Tribunal Federal (STF), começou a julgar sobre a constitucionalidade do prazo para saques de precatórios e requisições de pequeno valor (RPV) federais. Esse tipo de valor são títulos de dívidas do governo que são pagos aos credores após decisão judicial.
Esses valores são pagos às pessoas que entraram na Justiça para cobrar algum tipo de valor dos governos federais, estaduais e municipais e que tenham ganhado a causa.
O STF faz análise sob o Artigo 2º da Lei 13.463/2017, que determina o cancelamento de precatórios e das RPVs federais que foram lançadas e os valores não foram pegos pelos credores depois de dois anos.
A ação foi de propósito do PDT com a participação de sindicatos de categorias de servidores públicos. Eles defendem a inconstitucionalidade do prazo para saque. Além disso, também afirmaram que os valores que devem ser pagos pelo governo e dado aos credores, e não voltando aos cofres públicos.
A ministra Rosa Weber, relatora da ação, votou sobre o caso.
“A lei criou inovação ao fixar o limite temporal para o exercício do direito de levantamento do crédito depositado”, disse a ministra Rosa Weber.
O pagamento de precatórios e RPVs federais segue ordem cronológica conforme a liberação de saque. Os valores de origem alimentar têm maior preferência para pagamento, ao contrário de outras naturezas.
O pagamento das indenizações são feitos no caso de valores acima de 60 salários mínimos. Inferior a essa quantia, os valores são efetuados como RPVs.
Agora RN
O apresentador José Luiz Datena (PSC) desistiu de concorrer a uma vaga no Senado nas eleições deste ano. O anúncio foi feito no início do programa Brasil Urgente, na Band. O comunicador é o líder das pesquisas de intenção de voto em São Paulo.
“Em primeiro lugar queria deixar a minha palavra de carinho para com o Presidente da República que hoje de manhã deu uma declaração que tinha me escolhido como candidato de São Paulo. E foi isso mesmo que foi acordado, mas eu pensei bem e resolvi seguir o meu caminho. Mas obrigado a ele por ter confirmado o acordo que aconteceu, não foi por parte dele que não deu certo. Quando considerei me candidatar ao Senado, a outros cargos nessas eleições, em outras anteriores, eu mantive um mesmo aliado preferencial que me acompanha e que também é acompanhado por mim desde o início da minha carreira”, disse.
UOL
Foram divulgados os dados mais recentes sobre o coronavírus no Brasil nesta quarta-feira (29), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass):
– O país registrou 277* óbitos nas últimas 24h, totalizando 671.125 mortes;
– Foram 75.925* novos casos de coronavírus registrados, no total 32.282.879;
*Sem dados de Roraima
A média móvel de óbitos nos últimos sete dias é de 228. A a média móvel de novos casos é de 56.021.
O ministério da Saúde calcula que mais de 30,7 milhões de pessoas já se recuperaram da Covid.
A jornalista Thaisa Galvão merece os parabéns. Hoje a TV Ponta Negra, veículo onde a jornalista comenta todos os dias, publicou pesquisa contratada pela Instituto Consult.
Thaisa desacreditou a pesquisa da emissora ao vivo, no veículo contratante, no programa apresentado pela dona da TV, a Jornalista Micarla de Sousa, sugerindo que os números são fantasiosos, não condiz com a realidade.
Não existe hoje jornalista com esse tipo de personalidade, de desqualificar uma pesquisa contratada pelo próprio veículo em que atua, ao vivo e a cores e ainda deixar a apresentadora, no caso, a dona da emissora tendo que explicar que a pesquisa foi em 12 regiões e entrevistou 1700 pessoas.
Confesso, tenho que tirar o chapéu para Thaísa, ela está de parabéns, não se faz mais jornalistas como ela.
Blog do BG
A pesquisa do instituto Real Time Big Data, que está na lista dos queridinhos da família Bolsonaro, não conseguiu agradar seus fãs incondicionais no Rio Grande do Norte.
É que os números divulgados nesta terça-feira (28) pela TV Tropical, da consulta registrada no TRE/RN sob número RN-01637/2022, apontam para a possibilidade de vitória da governadora Fátima Bezerra (PT) no primeiro turno, e apresentam o deputado Rafael Motta (PSB), pré-candidato a senador, correndo para passar do pré-candidato bolsonarista Rogério Marinho (PL).
Nos números da pesquisa estimulada para o governo, a governadora Fátima Bezerra segue liderando.
Fátima Bezerra (PT) – 39%
Styvenson Valentim (Podemos) – 14%
Fábio Dantas (Solidariedade) – 12%
Clorisa Linhares (PMB) – 3%
Wesli Natal Zuera (DC) – 1%
Rosália Fernandes (PSTU) – 1%
Danniel Morais (PSOL) – não foi citado
Brancos/nulos – 17%
Indecisos – 13%
*
Os números da pesquisa estimulada para o Senado, apontam uma acelerada de Rafael Motta (comparando com outros institutos a partir da entrada recente do pré-candidato no pleito).
Confira:
Carlos Eduardo (PDT) – 26%
Rogério Marinho (PL) – 22%
Rafael Motta (PSB) – 13%
Ney Lopes (PMB) – 3%
Freitas Junior (PSOL) – 1%
Dario Barbosa (PSTU) – não foi citado
Branco/nulo – 19
Indecisos – 16
O instituto entrevistou 1.500 pessoas entre os dias 25 e 27 de junho. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos com intervalo de confiança de 95%.
FONTE: thaisagalvao.com.br
No início da conferência, o ministro destacou os números expressivos das Eleições 2022, tais como os mais de 150 milhões de eleitoras e eleitores, 2 milhões de mesárias e mesários, 2,6 mil zonas eleitorais e mais de 460 mil seções, três mil juízas e juízes eleitorais e três mil promotoras e promotores do Ministério Público Eleitoral, entre outros dados. Fachin informou que será utilizado um parque seguro, auditável e transparente de 577 mil urnas eletrônicas.
“Este é o Brasil eleitoral que nós, todos, conquistamos com a redemocratização de 1988. Este é Brasil eleitoral que pede passagem para firmar a história da democracia. E a Justiça Eleitoral brasileira está preparada para organizar, como está a fazer, e para realizar as eleições. E, no prazo da lei, diplomar as eleitas e eleitos, com respeito irrestrito ao escrutínio do voto popular”, disse Fachin.
Fachin assinalou também que, no ambiente democrático, os processos eleitorais permitem um modelo específico de legitimação do poder político. “As eleições existem para assegurar o protagonismo da voz popular na organização dos interesses coletivos, razão pela qual é possível afirmar que a recusa de eleições, ou a recusa antecipada de aceitação do resultado das eleições, é um flerte com fórmulas políticas fincadas no autoritarismo e na opressão”, explicou o presidente do TSE.
De acordo com Fachin, se as eleições existem para resguardar a essência primária do jogo democrático, aos tribunais compete assegurar que os atritos gerados pelo antagonismo político sejam resolvidos de forma racional. “Na esteira de uma competição cuja regra suprema reside na substituição da força bruta pela força das ideias”, ressaltou o ministro.
Em outro momento, o ministro recordou que a Constituição Federal reserva exclusivamente à Justiça Eleitoral a tarefa de organizar e realizar eleições, zelando pela vigência de instituições representativas acessíveis e renováveis. O ministro enfatizou ser obrigatório, nesse contexto, “abdicar do uso da força, e demitir-se de ameaças constantes, demitir-se da incitação, às vezes sugeridas, outras vezes explícitas, de reações antidemocráticas e violentas”. “É imperativo fiar na realidade, fiar-se nas instituições democráticas, acompanhar o pleito com olhos de ver, enfim, precisamos manter em pé essa República. A tutela da normalidade nunca foi tão necessária”, alertou Fachin.
Homenagem
Antes do evento, o presidente do TSE recebeu na sede do TRE-PA, a Medalha do Mérito Eleitoral concedida pelo regional. A homenagem é um reconhecimento pela trajetória de vida de Fachin como magistrado e pela gestão à frente do TSE na preparação das Eleições Gerais de 2022 e na defesa da Justiça Eleitoral, do sistema eletrônico de votação e da própria democracia.
Ao iniciar a solenidade, a presidente da Corte Regional, desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento, destacou que a medalha é “concedida àqueles e àquelas que, com o esforço e dedicação, mantém o ideal da democracia real em nosso país e alcançam o reconhecimento da sociedade”.
Ao agradecer à Corte Regional pela honraria, Fachin ponderou que a homenagem demonstra que a Casa da Justiça Eleitoral é uma só. “O trabalho realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral está unido, de modo indissociável, ao empenho de muitas pessoas que, diuturnamente, dedicam-se ao fortalecimento da democracia brasileira”, lembrou ele.
No discurso, o ministro fez questão de ressaltar que, nos dias de hoje, dando os melhores exemplos de equidade e avanço institucional, o estado conta com uma presidente mulher em seu Tribunal Regional Eleitoral. “E, ainda, o seu Tribunal de Justiça é composto majoritariamente por desembargadoras mulheres. Faz-se nítido, com isso, que a representatividade e a inclusão marcam a Justiça paraense e ecoam como referencial para outros tribunais“, observou.
Ao finalizar o agradecimento, Fachin lembrou que os tempos atuais são complexos, mas que a Justiça Eleitoral está pronta para enfrentar os desafios postos. “Mirando nos tempos desafiadores que temos pela frente, lembro o que disse Gianfranco Ravasi (teólogo italiano) ‘a luz brilha ainda mais quando brota escuridão’. Nós vamos responder com luz, com civilidade, com serenidade e também com firmeza", reforçou.
Termo de adesão
Antes da solenidade, foi assinado o termo de adesão da Justiça Federal do Pará ao “Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação do TSE” e ao “Programa de Fortalecimento Institucional a partir da Gestão da Imagem da Justiça Eleitoral”, promovidos pelo TSE.
EM, MM/BL
A consulta para as vagas neste segundo processo seletivo teve início no dia 15, por meio do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.
Para acessá-lo, clique aqui.
Por meio da consulta, é possível visualizar as vagas ofertadas por modalidade de concorrência, cursos e turnos, instituições e localização dos cursos. Também é possível acessar a íntegra do documento de adesão de cada uma das instituições que aderiram ao Sisu.
O Sisu é o sistema informatizado do Ministério da Educação (MEC) no qual as instituições públicas de educação superior, sejam elas federais, estaduais ou municipais, oferecem vagas a serem disputadas por candidatos inscritos em cada edição da seleção.
Exigência
Para participar do Sisu será exigido do candidato que tenha realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição de 2021, obtido nota superior a zero na prova de redação e não tenha participado do Enem na condição de treineiro.
O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 6 de julho. A matrícula ou registro acadêmico devem ser feitos de 13 a 18 de julho. Já o prazo para os interessados manifestarem interesse em participar da lista de espera será de 6 a 18 de julho.
Os candidatos são selecionados para as opções de cursos indicados no ato de inscrição, de acordo com a melhor classificação de nota obtida na edição mais recente do Enem, que, nesta edição, será a de 2021.
Foram divulgados os dados mais recentes sobre o coronavírus no Brasil nesta segunda-feira (27), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass):
– O país registrou 127* óbitos nas últimas 24h, totalizando 670.532 mortes;
– Foram 51.678* novos casos de coronavírus registrados, no total 32.130.316;
*Sem dados: CE e ES
A média móvel de óbitos nos últimos sete dias é de 196. A a média móvel de novos casos é de 53.693.
O ministério da Saúde calcula que mais de 30,5 milhões de pessoas já se recuperaram da Covid.
A mais recente pesquisa eleitoral divulgada pelo instituto Datafolha aponta que 70% dos brasileiros estão decididos sobre o voto para presidente no primeiro turno, marcado para 2 de outubro. Os demais, quase 30%, admitem trocar de candidato nestes cerca de cem dias que antecedem a eleição. Entre as mulheres, o índice de indecisos é de 34%. Já entre os homens, 24% afirmam que podem mudar o voto para o Palácio do Planalto.
Entre o eleitorado mais jovem, da faixa dos 16 aos 24 anos, chega a 39% o porcentual dos afirmam que a escolha para o Planalto ainda pode mudar. O mesmo índice cai para 32% entre as pessoas de 25 a 34 anos; para 28% dos 35 aos 44 anos; para 25% dos 45 aos 49 e para 27% entre os brasileiros de 60 anos ou mais ouvidos pelo Datafolha.
Os primeiros dados da pesquisa, que no primeiro turno apontam vantagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de 19 pontos sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 47% a 28%, foram divulgados nesta quinta-feira, 23.
Se considerada a renda familiar mensal dos eleitores consultados, o porcentual de indecisos é de exatos 30% entre quem vive com até dois salários mínimos e também entre os que vivem com dois a cinco salários. E cai para 26% entre os eleitores com renda familiar de cinco salários ou mais, inclusive os que afirmam ter renda superior a 10 salários.
Tribuna do Norte
Completou 80 anos neste domingo, 26, Gilberto Gil fez um desenho importante e qualificado – como tudo o que fez em sua vida – do quadro político mundial e nac...
Clique AQUI e Leia matéria completa
Sergio Moro: propostas de governador - reprodução/Reprodução
Em uma reunião recente com empresários paranaenses, o ex-ministro Sergio Moro revelou que já está montando seu “plano de governo”. Plano...
Clique AQUI e Leia Matéria completa
Deste Blog: A meu ver, o ex-Juiz Moro deveria estudar para fazer concurso de Juiz e recuperar os 20 anos perdidos na Magistratura, pois já deve ter aprendido a lição.
O anúncio de reajuste no preço do diesel anunciado pela Petrobras na última semana tem causado preocupação em entidades e dirigentes do setor de serviços e produtos, que têm que reajustar também o frete para compensar os gastos com combustível. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fretebras — uma plataforma de transporte rodoviário de cargas —, o preço do diesel no Rio Grande do Norte teve um aumento de 4,55% entre abril e maio, enquanto o valor médio dos fretes subiu 8,24%. Já entre maio de 2021 e maio de 2022, o diesel teve aumento de 47,51%, mas o preço dos fretes teve queda de 12,56%. Para a plataforma, o preço do frete rodoviário ainda não acompanha o crescimento nos preços do diesel.
O preço do litro do diesel vendido às distribuidoras teve um reajsute de 14,26%. Passou de R$ 4,91 para R$ 5,61, em anúncio feito na sexta-feira (17) nas refinarias da Petrobras. Por isso, trouxe reflexo nos fretes. No Brasil, entre abril e maio de 2022, o aumento do preço do frete foi de apenas 0,98%, enquanto o preço do diesel subiu 3,67%. Os dados da Fretebras mostram ainda que o valor médio do frete por quilômetro por eixo no país foi de R$ 1,02, em maio. No Nordeste, o frete custava R$ 0,99.
Valcidney Soares | Tribuna do Norte
Relatório final da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre supostas irregularidades na gestão de Milton Ribeiro no Ministério da Educação revela que assessores do então ministro pediram demissão de seus cargos pela insistência de Ribeiro em manter os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos dentro de seu gabinete.
O documento, ao qual a CNN teve acesso, diz que assessores do gabinete de Ribeiro chegaram a relatar, “em tom de desabafo”, que alertaram o ministro, por diversas vezes, em relação “ao perigo” que a atuação dos pastores trazia para a imagem do ministro e do próprio MEC.
A CGU diz, no entanto, que as ações adotadas pelo então ministro foram contrárias ao que foi recomendado.
O relatório da Controladoria-Geral da União, de 23 de maio, cita, inclusive, entrevista de Milton Ribeiro à CNN, em março, e diz que as declarações do então ministro sobre ter sido orientado pela própria CGU a seguir recebendo os pastores para que eles não desconfiassem da apuração aberta pelo órgão “suscitam dúvidas quanto à sua veracidade”.
A CGU afirma que os argumentos de Ribeiro, de que teria se distanciado do pastor, não se sustentam a partir de uma série de fatos, entre os quais a venda de um carro para Arilton após as denúncias.
A venda do veículo que envolveu uma transação de R$ 60.000 entre Myrian Pinheiro Ribeiro, a mulher do ex-ministro, e a filha do pastor Victoria Camacy Bartolomeu, não só é citada como uma das provas do relacionamento entre Ribeiro e Arilton, como também ensejou os pedidos de quebra de sigilo bancário dos envolvidos na Operação Acesso Pago, da Polícia Federal.
“Ressalte-se que […] a transação foi realizada em 22/02/2022, ou seja, cerca de seis meses após a denúncia formalizada pelo próprio Milton Ribeiro à CGU”, diz o documento da CGU.
“Infere-se, portanto, que após a denúncia formalizada em agosto de 2021, não houve qualquer alteração efetiva no relacionamento de Milton Ribeiro com o pastor Arilton Moura”, afirma o relatório.
Segundo o órgão, “não houve qualquer preocupação por parte do ministro com a imagem do MEC na manutenção (e, de certo modo, intensificação) dessa proximidade com a dupla de reverendos”.
O relatório da CGU foi usado como base para a operação da Polícia Federal, que na terça-feira (22) prendeu o ex-ministro Milton Ribeiro, além dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, por suspeitas de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa, e tráfico de influência.
Um dos depoimentos prestados à CGU é de Albério Júnio Rodrigues de Lima, então assessor do gabinete de Ribeiro. Segundo o relato que fez ao órgão, a partir de sua nomeação para o cargo, no final de 2020, ele —por também ser evangélico— ficou encarregado de atender os pastores no gabinete do ministro.
“Desde então, passou a alertar o ministro quanto ao comportamento ‘estranho’ da dupla e a frequência inusual e desarrazoada com que compareciam àquela repartição pública”, diz o documento da CGU. De acordo com que Lima disse à investigação, na prática, os pastores atuavam como pastores do ministro.
Albério afirmou que o pastor Arilton estava ‘vivendo’ no MEC e a sua presença no gabinete era tão frequente que chegava ao ponto de atrapalhar os assessores a despachar assuntos técnicos com o ministro. O relato foi confirmado por outros funcionários da pasta, entre eles Marcelo Mendonça, chefe da assessoria para assuntos parlamentares, e Mychelle Rodrigues de Souza Braga, chefe da assessoria de agenda do gabinete do ministro.
Ela afirmou à CGU que “nenhuma outra pessoa ou autoridade esteve naquelas dependências com a frequência do pastor Arilton”. Mychelle também disse que Ribeiro concedeu aos pastores a prerrogativa de atuarem de modo similar aos parlamentares, solicitando agendas do ministro com prefeitos em diversas localidades do país.De acordo com os então assessores, a atuação dos pastores como porta-vozes do MEC era referendada pelo ministro.
Um caso específico chamou a atenção da CGU. Nos depoimentos, os auxiliares do ministro apontaram que, em determinado momento, o MEC recebeu uma ligação de uma pessoa pedindo para falar com “um assessor chamado Arilton Moura”.
O motivo do contato seria a promessa da construção de uma escola na periferia do Distrito Federal. O caso, segundo os relatos à CGU, foi levado não só ao ministro, mas também ao então secretário-executivo da pasta e hoje ministro da Educação, Victor Godoy Veiga. Os assessores chegaram a sugerir, neste momento, que o ministro “restringisse o acesso dessa pessoa ao MEC ou até mesmo deixasse de recebê-la”.
A CGU questionou os assessores sobre quais medidas foram adotadas pelo ministro a partir dos relatos e todos disseram que, em um primeiro momento, o pastor Arilton deixou de comparecer ao gabinete do ministro. Pouco tempo depois, no entanto, eles souberam que Ribeiro passou a receber Arilton em sua casa e, cerca de dois meses depois, os pastores voltaram a frequentar o gabinete.
Albério Júnio Rodrigues de Lima e Juliana Gonçalves Melo, também assessora do gabinete do ministro à época, disseram à CGU que o episódio contribuiu para que eles pedissem demissão do Ministério da Educação.
O caso, que ocorreu em maio de 2021, também foi levado à Assessoria Especial de Controle Externo da pasta, que sugeriu que o ministro suspendesse “toda e qualquer” interlocução com o pastor Arilton e que fossem avaliadas a exoneração de “pessoas no MEC” que estivessem ocupando funções e tenham sido indicadas pelo pastor.
A sugestão dizia respeito a Luciano de Freitas Musse, que ocupava o cargo de gerente de projeto na secretaria-executiva da pasta e seguiu no posto até que o caso do “gabinete paralelo” se tornasse público.
Indicação de Arilton
Luciano de Freitas Musse foi nomeado no MEC por indicação de Arilton. De acordo com o relatório da CGU, a chegada de Musse na pasta “corrobora as evidências” da “capacidade de influência dos pastores na pasta durante a gestão de Milton Ribeiro”.
No depoimento à CGU, o então secretário-executivo e agora ministro Victor Godoy Veiga disse que a intenção de Milton Ribeiro era de nomear o próprio pastor Arilton para um cargo no MEC. “Como não havia disponibilidade no gabinete do ministro, o então secretário-executivo disponibilizou um cargo de nível DAS 3 para essa finalidade”, diz o documento.
O pastor Arilton, no entanto, “mostrou-se descontente com a remuneração do cargo”. Segundo a tabela de remuneração de cargos comissionados do governo federal, o salário de um DAS 3 é de R$ 5.685,55.
De acordo com o relatório da CGU, o pastor teria “externado sua insatisfação, inclusive, na frente de outros servidores da pasta, em reuniões no MEC que contaram com a presença do ministro Milton Ribeiro e requereu que lhe fosse disponibilizado outro com melhor vencimento”.
A pedido do ministro, foi dado início, em 17 de novembro de 2020, um processo para que Arilton fosse acomodado no MEC. O obstáculo, no entanto, mostra a CGU, veio da Casa Civil, que negou a nomeação do pastor.
No dia 7 de abril de 2021, por determinação do ministro, Luciano de Freitas Musse foi nomeado para o cargo de gerente de projeto, na Secretaria-Executiva do MEC, com salário maior, como pleiteado pelo pastor: R$ 10.373,30.
A CGU aponta, no entanto, que Luciano nunca desempenhou função na Secretaria-Executiva e que desde o seu ingresso na pasta, ele foi colocado à disposição da assessoria do ministro Milton Ribeiro. O afilhado do pastor Arilton foi acomodado na Assessoria Especial de Controle Externo.
Pouco tempo depois, no entanto, Victor Godoy relatou que o desempenho de Musse não era satisfatório na área de controle interno e o colocou à disposição do ministro para desempenhar outra função. Ele foi exonerado em março, quando Godoy assumiu a pasta.
A CNN solicitou manifestações aos defensores do ex-ministro Ribeiro e do pastor Arilton, mas eles ainda não se pronunciaram.
CNN Brasil