Do editor do Blog do Ney Lopes
A política escreve certo por linhas tortas.
A posição partidária assumida pelo governador Robinson Faria, no caso do impeachment presidencial, provocou comentários e especulações.
Admitiu-se que o único caminho que restaria à Robinson seria submeter-se a Henrique Alves, no PMDB, ou Rogério Marinho, no PSDB.
Ou, talvez aos dois, na montagem de uma “união de forças”, que começou a ser trabalhada por áreas não apenas política do estado, mas também empresariais, em defesa de interesses pontuais.
Todavia, o cenário vem se abrindo e mostrando outras paisagens para o RN.
O lado oposicionista ao governador do RN, realmente aponta para o aproveitamento do peemedebista Henrique Alves num ministério forte, que resultará da fusão do Turismo com o Esporte.
Essa possibilidade é real e concreta, nos bastidores de Brasília.
Considerando, que o Presidente Michel Temer não interessará afastar-se de um governador de estado, restaria a Robinson a certeza de acesso institucional ao Palácio do Planalto.
Além do mais, reinvestido no Ministério, não interessaria ao deputado Henrique Alves “fechar portas” para o governo do RN, pois estaria dificultando a difícil costura política do Presidente Temer.
Entretanto, além disso, Robinson está sendo bafejado pela sorte.
O PSD será um dos mais influentes condôminos do poder federal.
A ascensão de Henrique Meirelles na Fazenda (com liberdade de escolher o presidente do BC) assegurará à Robinson possibilidade de transitar com liberdade nas várias áreas do governo, principalmente a mais fechada, que é a da Fazenda.
Afinal, Meirelles é do PSD, o partido de Robinson.
Em termos de reeleição em 2018, Robinson Faria igualmente passará a jogar com mais tranquilidade, sem necessidade de correr riscos de “arapucas”.
Fará, apenas, as alianças políticas naturais, a nível local, que facilitem a governabilidade.
Isso é necessário.
Do ponto de vista de 2018, Robinson poderá ter ao seu lado um presidenciável, chamado Henrique Meirelles.
Se o comandante da economia acertar o caminho da recuperação nacional, o eleitor brasileiro não correrá os riscos de mudar de “gerente”.
Nesse caso, Meirelles será candidato à presidente pelo PSD, com amplas chances de vitória.
E Robinson terá o palanque ideal para disputar a reeleição.