Eleito presidente do Senado neste sábado (2), Davi Alcolumbre(DEM-AP), 41, integra desde 2003 o pelotão de congressistas do chamado “baixo clero”, aqueles que têm nenhuma ou pouquíssima projeção nacional.
Nesta sexta-feira, ele presidiu a tensa sessão que, em uma manobra no regime interno, decidiu pelo voto aberto na eleição para a presidência da Casa. Na madrugada, porém, a decisão foi anulada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A eleição para o comando do Senado ocorreu com voto fechado.
Vereador em Macapá de 2001 a 2002, deputado federal de 2003 a 2014 e senador desde então, ele quase nunca participou de movimentações políticas de relevo.
Disputou ainda a prefeitura de Macapá, em 2012, e o governo do Amapá, em 2018, mas foi derrotado.
O maior feito político de sua carreira até então foi ter derrotado o candidato do ex-presidente José Sarney (MDB) em 2014 (Gilvam Borges, do MDB), tendo sido eleito senador.
Nos últimos meses, porém, Alcolumbre foi escolhido pelo articulador político do governo, Onyx Lorenzoni, como nome para tentar barrar a volta do até então favorito Renan Calheiros (MDB-AL), que já presidiu o Senado por quatro vezes. A mulher de Onyx foi assessora parlamentar de Alcolumbre.
Durante a campanha, ele evitou ao máximo o contato com a imprensa.
Nos seus 16 anos como congressista, Alcolumbre protagonizou algumas situações de típico “baixoclerismo”, como a retirada de sua assinatura para a criação das CPIs dos Correios (caso do mensalão), em 2005, e de uma comissão que iria investigar contrato do Corinthians com a empresa MSI.
No primeiro caso, o recuo se deu em meio a pressão do Palácio do Planalto sobre parlamentares. No segundo, em meio a pressão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Em 2015, já senador, Alcolumbre continuou morando em apartamento funcional da Câmara mesmo estourado o prazo de devolução das chaves. À época, afirmou que o Senado não tinha imóvel disponível.
O senador declara ser comerciante como profissão, e ter curso superior incompleto de ciências econômicas. À Justiça Eleitoral, declarou patrimônio de R$ 770 mil.
Apesar de ser do DEM, ex-PFL, um dos principais clássicos da direita brasileira, Alcolumbre tem alianças no Amapá com a esquerda. Em sua fracassada candidatura ao governo do estado, no ano passado (ele ficou em terceiro), o senador teve o apoio do senador Randolfe Rodrigues (AP), que tem origem no PT, passando pelo PSOL, estando atualmente na Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva.
Randolfe foi, ao lado de políticos do PSL de Bolsonaro, um dos articuladores da candidatura de Alcolumbre ao comando do Senado. Neste sábado, após a vitória do colega de bancada, Randolfe fez discurso exaltando a parceria entre os dois e dizendo que o senador do DEM representa a mudança que as ruas exigem atualmente do Congresso.
FOLHAPRESS
Nesta sexta-feira, ele presidiu a tensa sessão que, em uma manobra no regime interno, decidiu pelo voto aberto na eleição para a presidência da Casa. Na madrugada, porém, a decisão foi anulada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A eleição para o comando do Senado ocorreu com voto fechado.
Vereador em Macapá de 2001 a 2002, deputado federal de 2003 a 2014 e senador desde então, ele quase nunca participou de movimentações políticas de relevo.
Disputou ainda a prefeitura de Macapá, em 2012, e o governo do Amapá, em 2018, mas foi derrotado.
O maior feito político de sua carreira até então foi ter derrotado o candidato do ex-presidente José Sarney (MDB) em 2014 (Gilvam Borges, do MDB), tendo sido eleito senador.
Nos últimos meses, porém, Alcolumbre foi escolhido pelo articulador político do governo, Onyx Lorenzoni, como nome para tentar barrar a volta do até então favorito Renan Calheiros (MDB-AL), que já presidiu o Senado por quatro vezes. A mulher de Onyx foi assessora parlamentar de Alcolumbre.
Durante a campanha, ele evitou ao máximo o contato com a imprensa.
Nos seus 16 anos como congressista, Alcolumbre protagonizou algumas situações de típico “baixoclerismo”, como a retirada de sua assinatura para a criação das CPIs dos Correios (caso do mensalão), em 2005, e de uma comissão que iria investigar contrato do Corinthians com a empresa MSI.
No primeiro caso, o recuo se deu em meio a pressão do Palácio do Planalto sobre parlamentares. No segundo, em meio a pressão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Em 2015, já senador, Alcolumbre continuou morando em apartamento funcional da Câmara mesmo estourado o prazo de devolução das chaves. À época, afirmou que o Senado não tinha imóvel disponível.
O senador declara ser comerciante como profissão, e ter curso superior incompleto de ciências econômicas. À Justiça Eleitoral, declarou patrimônio de R$ 770 mil.
Apesar de ser do DEM, ex-PFL, um dos principais clássicos da direita brasileira, Alcolumbre tem alianças no Amapá com a esquerda. Em sua fracassada candidatura ao governo do estado, no ano passado (ele ficou em terceiro), o senador teve o apoio do senador Randolfe Rodrigues (AP), que tem origem no PT, passando pelo PSOL, estando atualmente na Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva.
Randolfe foi, ao lado de políticos do PSL de Bolsonaro, um dos articuladores da candidatura de Alcolumbre ao comando do Senado. Neste sábado, após a vitória do colega de bancada, Randolfe fez discurso exaltando a parceria entre os dois e dizendo que o senador do DEM representa a mudança que as ruas exigem atualmente do Congresso.
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