CRIME CONTRA A SAÚDE: Com quase 6 mil mortos no país, Bolsonaro volta a pregar contra isolamento

  Presidente Jair Bolsonaro
 
O presidente Jair Bolsonaro, durante transmissão ao vivo em sua página do Facebook, voltou a pregar contra o isolamento social. O presidente disse que as medidas tomadas pelos governos estaduais foram "inúteis", para conter a curva de infecção por covid-19. Bolsonaro disse que está preocupado com o desemprego desde o início da pandemia e culpou governadores e prefeitos, que pregaram pelo isolamento social, pela crise financeira.

O presidente comentou que em Porto Alegre (RS), onde esteve na manhã desta quinta-feira (30), 90% do comércio está fechado. "Num dia normal", classificou o presidente. O Rio Grande do Sul tem 1.466 pessoas infectadas com covid-19.

"Sabemos que infelizmente muitas pessoas vão morrer, sabemos, infelizmente, é uma realidade", disse Bolsonaro, que no final da transmissão, se solidarizou com as famílias das vítimas.

Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem 85.380 pessoas infectadas e 5.901 óbitos.
Contrariando o que diz Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou hoje que não haverá o fim do isolamento social. “Ninguém está pensando em relaxamento. Ninguém está pensando em relaxar o isolamento. Neste momento, ninguém está pensando em flexibilizar nada”, disse Nelson Teich, durante coletiva no Palácio do Planalto. “Temos uma diretriz pronta, um ponto de partida, mas não dá para você começar uma liberação [do isolamento social] quando você tem uma curva em franca ascendência.”

O ministro admitiu que há a possibilidade de o Brasil registrar mil mortes por dia. Enquanto o foco do Ministério da Saúde está na preservação da vida, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o presidente Bolsonaro focou na economia durante sua transmissão. Ele disse que o Brasil perderá 80% da economia vinda do trabalho informal.
Insistência no Ramagem

O presidente também falou sobre a liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, que impediu a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. "Fiz um desabafo hoje de manhã. Não ofendi ninguém, nem instituições, apenas me coloquei no lugar do delegado Ramagem. Que foi impedido de tomar posse". O presidente leu o currículo do delegado Ramagem e pediu para que o STF "se coloque no lugar do delegado" e permita a nomeação. "Será bom para a Polícia Federal, para o presidente e para o Brasil", afirmou Bolsonaro que não negou o laço de amizade com o delegado. "Ele passou a tomar café comigo", disse. "Ele foi também no casamento de um filho meu", confessou.
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