“Eu não vou renunciar; se quiserem, me derrubem”, afirma Michel Temer ao negar de novo a renúncia

Folha
Entrevista exclusiva de Michel Temer
Enfrentando a mais grave crise de seu governo, o presidente Michel Temer (PMDB) diz que renunciar seria uma admissão de culpa e desafia seus opositores:
“Se quiserem, me derrubem”.
Em entrevista à Folha no Palácio da Alvorada, Temer afirma que não sabia que Joesley Batista, que o gravou de forma escondida, era investigado quando o recebeu fora da agenda em sua residência em março –embora, naquele momento, o dono da JBS já fosse alvo de três operações.
Sobre o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, flagrado correndo com uma mala de dinheiro, Temer diz que mantinha com ele apenas “relação institucional”.
A atitude de Loures, para o presidente, não foi “aprovável”.
Mas ele defende o caráter do ex-assessor.
“Coitado, ele é de boa índole, de muito boa índole.”
O sr. estabeleceu que ministro denunciado será afastado e, se virar réu, exonerado. Caso o procurador-geral da República o denuncie, o sr. vai se submeter a essa regra?
Michel Temer Não, porque eu sou chefe do Executivo.
Os ministros são agentes do Executivo, de modo que a linha de corte que eu estabeleci para os ministros, por evidente não será a linha de corte para o presidente.
Mas o sr. voluntariamente poderia se afastar.
Não vou fazer isso, tanto mais que já contestei muito acentuadamente a gravação espetaculosa que foi feita.
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