Copom baixa juro básico da economia para 9,25% e bancos deverão reduzir juros

Copom corta juros pela 7ª vez seguida e Selic fica em 9,25% ao ano
 
Copom corta juros pela 7ª vez seguida e Selic fica em 9,25% ao ano


O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic em um ponto percentual, para 9,25% ao ano. O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom permanece compatível com estabilização da economia brasileira a curto prazo, além de recuperação gradual. Foi a 1ª vez desde o fim de 2013 que a taxa Selic caiu para um patamar abaixo de 10% ao ano.

O recente aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia impactou negativamente índices de confiança dos agentes econômicos. No entanto, o impacto dessa queda de confiança na atividade tem sido, até o momento, limitado.

Em nota, o Copom destaca que "a manutenção das condições econômicas, até este momento, apesar do aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia, permitiu a manutenção do ritmo de flexibilização. Para o próximo encontro, a manutenção deste ritmo dependerá da permanência das condições descritas no cenário básico do Copom e de estimativas da extensão do ciclo".

Além disso, o ritmo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica e da continuidade das reformas estruturais em tramitação no Congresso Nacional.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA registrou deflação de 0,23% em junho, a primeira variação negativa do índice em 11 anos.

Nos 12 meses terminados em abril, o IPCA acumula 3%, a menor taxa em 12 meses desde abril de 2007. Para este ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelece meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto. A inflação, portanto, não poderá superar 6% neste ano ou ficar abaixo de 3%.
 
Fonte: Diário do Poder
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