Armação escondeu que Odebrecht pagou reforma do sítio de Lula
Delator diz que comprou cofre para guardar dinheiro da obra na propriedade frequentada pela família de Lula (Foto: Reprodução)
Delator diz que comprou cofre para guardar dinheiro da obra na propriedade frequentada pela família de Lula (Foto: Reprodução)
O engenheiro civil Emyr Costa, responsável pela obra do sítio de Atibaia (SP), do ex-presidente Lula, relatou à Procuradoria Geral da República (PGR) que ajudou o advogado Roberto Teixeira – amigo do ex-presidente – e o ex-dirigente da Odebrecht Alexandrino Alencar a elaborar um contrato falso para esconder que a Odebrecht havia executado a reforma da propriedade.
O delator disse ainda que comprou um cofre para guardar os R$500 mil repassados, em espécie, pela empreiteira para executar a obra do sítio. Ele usou o dinheiro para pagar, semanalmente, a equipe de engenheiros e operários e os materiais de construção da reforma do sítio.
“Eu peguei toda informação e mostrei para Carlos Paschoal (executivo da Odebrecht que era responsável pelas operações da empreiteira em São Paulo) e expliquei e disse que era necessário R$ 500 mil. Ele me autorizou a começar o trabalho e disse que ia entregar o dinheiro através dessa equipe de operações estruturadas. Ele pediu para ligar para a senhora Maria Lúcia Soares. Eu nunca tinha feito uma obra dessa natureza e comprei um cofre. Semanalmente, eu entregava R$ 100 mil. Eu recebi esse dinheiro em espécie”, contou o delator aos procuradores da República.
Então engenheiro da Odebrecht Ambiental, Costa explicou que na reunião com Teixeira e Alexandrino, ele informou que as despesas da obra seriam pagas em dinheiro vivo e que seria subcontratada uma empreiteira menor para executar o serviço. Roberto Teixeira sugeriu então que o engenheiro procurasse o empreiteiro para elaborar um contrato de prestação de serviços em nome do proprietário que aparece na escritura do imóvel, Fernando Bittar.
Diante da proposta do advogado, contou o delator, ele próprio sugeriu que fosse colocado no contrato um valor inferior aos R$ 700 mil que foram gastos na obra. Emyr Costa explicou que decidiram definir que a reforma havia custado R$ 150 mil para que ficasse compatível com a renda de Bittar.
Dono da Odebrecht, o empresário Emilio Odebrecht afirmou em depoimento, no acordo de delação premiada, que a reforma do sítio de Atibaia custou à construtora cerca de R$ 700 mil e o pedido foi feito em 2010.
A reforma do sítio de Atibaia incluiu a construção de uma casa para os seguranças da Presidência da República que atuavam na equipe de Lula, suítes na casa principal, duas áreas de depósitos para adega e quarto de empregada, sauna, conserto de vazamento da piscina e conclusão de um campo de futebol.
O Instituto Lula afirma que "o sítio não é de propriedade do ex-presidente". "Seus donos já provaram tanto a propriedade quanto a origem lícita dos recursos que utilizaram na compra do sítio", diz a nota.
O sítio está registrado também em nome de Jonas Suassuna. Ele e Bittar são sócios do filho do ex-presidente, Fábio Luis Lula da Silva.
O delator disse ainda que comprou um cofre para guardar os R$500 mil repassados, em espécie, pela empreiteira para executar a obra do sítio. Ele usou o dinheiro para pagar, semanalmente, a equipe de engenheiros e operários e os materiais de construção da reforma do sítio.
“Eu peguei toda informação e mostrei para Carlos Paschoal (executivo da Odebrecht que era responsável pelas operações da empreiteira em São Paulo) e expliquei e disse que era necessário R$ 500 mil. Ele me autorizou a começar o trabalho e disse que ia entregar o dinheiro através dessa equipe de operações estruturadas. Ele pediu para ligar para a senhora Maria Lúcia Soares. Eu nunca tinha feito uma obra dessa natureza e comprei um cofre. Semanalmente, eu entregava R$ 100 mil. Eu recebi esse dinheiro em espécie”, contou o delator aos procuradores da República.
Então engenheiro da Odebrecht Ambiental, Costa explicou que na reunião com Teixeira e Alexandrino, ele informou que as despesas da obra seriam pagas em dinheiro vivo e que seria subcontratada uma empreiteira menor para executar o serviço. Roberto Teixeira sugeriu então que o engenheiro procurasse o empreiteiro para elaborar um contrato de prestação de serviços em nome do proprietário que aparece na escritura do imóvel, Fernando Bittar.
Diante da proposta do advogado, contou o delator, ele próprio sugeriu que fosse colocado no contrato um valor inferior aos R$ 700 mil que foram gastos na obra. Emyr Costa explicou que decidiram definir que a reforma havia custado R$ 150 mil para que ficasse compatível com a renda de Bittar.
Dono da Odebrecht, o empresário Emilio Odebrecht afirmou em depoimento, no acordo de delação premiada, que a reforma do sítio de Atibaia custou à construtora cerca de R$ 700 mil e o pedido foi feito em 2010.
A reforma do sítio de Atibaia incluiu a construção de uma casa para os seguranças da Presidência da República que atuavam na equipe de Lula, suítes na casa principal, duas áreas de depósitos para adega e quarto de empregada, sauna, conserto de vazamento da piscina e conclusão de um campo de futebol.
O Instituto Lula afirma que "o sítio não é de propriedade do ex-presidente". "Seus donos já provaram tanto a propriedade quanto a origem lícita dos recursos que utilizaram na compra do sítio", diz a nota.
O sítio está registrado também em nome de Jonas Suassuna. Ele e Bittar são sócios do filho do ex-presidente, Fábio Luis Lula da Silva.
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