Pesquisa PoderData mostra que 62% dos votos do
ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) no 1º turno da disputa à
Presidência vão para o ex-ministro Sergio Moro em 1 eventual 2º turno contra o presidente Jair Bolsonaro.
O ex-juiz federal, como se sabe, foi o maior algoz do PT durante as investigações da operação Lava Jato. Inclusive, condenou o
maior líder do partido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a 9
anos e 6 meses de prisão no caso do tríplex do Guarujá, em 2017. Agora,
os petistas preferem até mesmo o lavajatismo para evitar Bolsonaro.
De acordo com a pesquisa, no 1º turno Bolsonaro lidera a disputa presidencial com 38% das intenções. Haddad vem atrás, com 14%. Moro é o 3º colocado.
Além de 62% dos votos de Haddad, Moro herda 65% dos eleitores de Ciro
Gomes. Também fica com 85% dos eleitores de Mandetta e Doria.
Considerando os eleitores de Bolsonaro no 1º turno, 7% mudaram seu voto do presidente para o ex-ministro da Justiça.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360.
Os dados foram coletados de 3 a 5 de agosto, por meio de ligações para
celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 512 municípios,
nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos
percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
O levantamento também mostra a estratificação dos votos de 1 possível
2º turno entre Bolsonaro e Moro. Mais mulheres preferem Moro (45%) e
homens, Bolsonaro (53%). Além de ter perdido apoio da elite brasileira, o
presidente fica atrás em outro grupo que lhe foi fiel em 2018: os que
têm 60 anos ou mais (32%).
Considerando as regiões, o Sul e o Nordeste são os locais mais
bolsonaristas, com 49% e 43% das intenções de voto, respectivamente.
Moro venceria no restante do país.
Os dados mostram ainda que o presidente é o preferido de quem tem
ensino médio (45%), pelos sem renda fixa (44%) e daqueles que recebem de
5 a 10 salários mínimos. Já Moro é a escolha de quem tem ensino
fundamental (42%) e também de quem cursou o ensino superior (50%).
Quanto à renda, o apoio ao ex-ministro é maior entre ricos (65%) e também entre quem recebe até 2 salários mínimos (44%).
PODER 360
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