O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), que coordena a equipe de transição para o mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou três portarias que marcam o início formal dos trabalhos da equipe em Brasília. Ao todo, foram nomeados três coordenadores de grupos específicos, os nomes dos grupos econômico e de assistência social, além de um conselho político. Ao todo, a equipe de transição poderá ter até 50 nomes.
As portarias instituem o gabinete de transição governamental; designa os coordenadores; e solicita ao Tribunal de Contas da União (TCU) cópias de contas, auditorias, monitoramentos e outros documentos que ajudem na troca de governo.
Para o conselho político, que terá represenantes com representantes dos partidos que formaram a coligação de Lula e os demais que se juntaram recentemente, serão 12 membros de 12 legendas diferentes: Antonio Brito (PSD), Carlos Siqueira (PSB), Daniel Tourinho (Agir), Felipe Espírito Santo (Pros), Gleisi Hoffmann (PT), Guilherme Ítalo (Avante), Jeferson Coriteac (Solidariedade), José Luiz Penna (PV), Juliano Medeiros (PSOL), Luciana Santos (PCdoB), Wesley Diogenes (Rede) e Wolnei Queiroz (PDT).
Geraldo Alckmin também confirmou quem serão três coordenadores de áreas temáticas. O ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) será o coordenador do grupo técnico do gabinete, enquanto Floriano Pesaro será o coordenador-executivo do gabinete e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi nomeada coordenadora da articulação política do gabinete de transição.
Para a assistência social foram nomeados Márcia Lopes, Tereza Campello, André Quintão e a senadora Simone Tebet (MDB), que havia demonstrado o interesse em atuar na área social. Não há, porém, relação das indicações com ocupação de possíveis ministérios. “O presidente Lula deixou claro que os que vão participar da transição não têm relação direta com ministério, com governo. Podem participar, podem não participar, mas são questões bastante distintas. Esse é um trabalho de 50 dias”, disse Alckmin.
Economia
O coordenador do processo de transição nomeou quatro economistas para o núcleo de economia da passagem de bastão de governo: André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Persio Arida. Como era esperado, a equipe tinha como buscava montar uma equipe de economia que fosse de Lara Resende e Persio Arida, liberais e formuladores do Plano Real, a Nelson Barbosa, economista considerado heterodoxo e ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff (PT). Mello, por sua vez, assessorou a campanha de Lula na área da economia.
“São quatro grandes economistas, pessoas com larga experiência”, disse Alckmin em coletiva de imprensa, reforçando que, também na área econômica, participar da equipe de transição não significa, necessariamente, passaporte para a Esplanada dos Ministérios no novo governo.
Áreas
A transição foi dividida em 3 grupos temáticos. Pela publicação, que ainda não traz os nomes de todos os indicados, serão grupos para as áreas de agricultura, pecuária e abastecimento; assistência social; centro de governo; cidades; ciência, tecnologia e inovação; comunicações; cultura; defesa; desenvolvimento agrário; desenvolvimento regional; direitos humanos; economia; educação; esporte; igualdade racial; indústria, comércio e serviços; infraestrutura; inteligência estratégica; justiça e segurança pública; meio ambiente; minas e energia; mulheres; pesca; planejamento, orçamento e gestão; povos originários; previdência social; relações exteriores; saúde; trabalho; transparência, integridade e controle; turismo.
Educação
O ex-ministro da Educação Fernando Haddad informou ontem, após reunião para instalação do núcleo de educação da equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o coordenador do núcleo será o ex-ministro Henrique Paim. Ele foi secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC) e presidiu o Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE) antes de ocupar a pasta de fevereiro de 2014 a janeiro de 2015. Atualmente é professor da Fundação Getulio Vargas (FGV).
“Paim tem um profundo conhecimento, e como não deixou a área, e desde que saiu do MEC chefia a FGV do Rio de Janeiro com uma equipe grande de assessoria a estados, municípios e o próprio MEC, e manteve a interlocução com todas as personalidades, ele vai ter condição, até de infraestrutura, para que os trabalhos avancem”, disse Haddad.
Trabalho
Tribuna do Norte
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