Lula perde a companhia de carcereiro que se tonou seu amigo na prisão

Bela Megale

Neste um ano e um mês de prisão, foram poucos os acontecimentos que abalaram o ex-presidente Lula. O último aconteceu no mês passado, quando o agente da Polícia Federal Paulo Rocha Júnior deixou integrar a equipe que faz segurança de sua cela. Paulão, como é conhecido, mudou de função e passou a integrar missões da PF em Guaíra, na divisa do Paraná.

O agente se tornou um grande amigo de Lula. A aproximação aconteceu principalmente nos fins de semana, quando o ex-presidente é proibido de receber visitas. Futebol, família, namoro, política, Domingão do Faustão. Os dois falavam sobre tudo, segundo amigos do líder do PT.

O afastamento de Paulão foi visto por Lula e seus aliados como uma retaliação da atual direção da PF. Pedidos para que o agente voltasse ao antigo posto foram feitos até para a mais alta esfera da corporação. Até agora, nada mudou.

Procurada, a PF negou qualquer retaliação. “A Superintendência do Paraná tem que apoiar operações na fronteira do Estado e os policiais de Curitiba estão prestando apoio nesse momento em caráter temporário”.
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