Ao se despedir do Rio Grande do Norte, antes de partir para a Bahia, nesta quarta-feira (25), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu uma entrevista coletiva à imprensa no Centro de Convenções, em Natal. Entre outros pontos, ele avaliou a necessidade de uma reconstrução em diversas áreas do Brasil, incluindo a retomada de investimentos da Petrobras no estado potiguar, uma possível aliança com outros partidos, o reaquecimento da pandemia e a regulação dos meios de comunicação.
Em sua fala, Lula também destacou que muitos meses ainda separam a data das Eleições 2022, mas não deixou de citar alguns dos projetos que deseja implantar no Brasil caso seja eleito no pleito futuro. “Todos nós precisamos de um pouco de respeito e carinho. Todos nós precisamos ter um governo civilizado, humanista, democrático e que pense com o coração, que não governe pensando apenas no capital, mas também no povo trabalhador. Esse país nós já construímos uma vez”, afirmou, em entrevista coletiva.
Ele comentou que tem conversado com lideranças políticas de outros partidos na viagem que faz pelo país. Aqui no RN, ele se encontrou com representantes do PSB e MDB, dentre eles o ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB). “É por isso que tenho viajado e pretendo até o fim do ano visitar todos os estados brasileiros, conversar com todos os partidos que for possível. Não tem viés ideológico nas minhas conversas porque não estou conversando sobre eleições, mas sobre o país, sobre como a gente vai recuperar este país. Porque vamos ter que reconstruir o Brasil. A tarefa de ganhar as eleições é de um partido, até dois ou três partidos, mas a tarefa de reconstruir o país é de todos nós”, disse.
O ex-presidente ainda defendeu a manutenção da Petrobras no RN e também em outros estados do país. “A gente não pode pensar na Petrobras como uma empresa de petróleo, gás ou óleo. Precisamos pensar na Petrobras como uma empresa de maior capacidade de investimento no desenvolvimento deste país”.
Sobre a economia, Lula apontou como graves o desemprego e a fome que afeta 19 milhões de brasileiros atualmente. “A fome voltou e ela está aí mais grave do que nunca em todos os estados da Federação. Não é possível admitir que o terceiro produtor de alimentos do planeta, o maior exportador de proteína animal do mundo presencie uma mulher indo a um açougue pegar um osso para tentar fazer uma mistura para sua família comer”, criticou.
Ainda em sua fala, Lula prometeu regular os
meios de comunicação caso seja eleito em 2022. “Nós vamos,
definitivamente, regular a comunicação no Brasil. Vai ser bom para o
país, para a economia e mais saudável para a democracia”, argumentou.
Segundo o petista, a regulação dos meios de comunicação possibilitará a
valorização dos pequenos veículos de imprensa do Brasil, “tornando a
informação mais plural e competitiva”.
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