ELEIÇÕES NO BRASIL Do voto por renda ao sufrágio universal: a história das eleições no Brasil


 País elege representantes desde 1532, quando escolhas eram restritas a vereadores e juízes de paz; veja a linha do tempo com os fatos marcantes das eleições brasileira

Tancredo Neves festeja vitória nas eleições indiretas de 1985, as últimas antes do retorno do voto direto para presidente do BrasilGetty Images

Até o final de outubro, 1.627 políticos serão eleitos no Brasil. Eles vão ocupar as cadeiras no Legislativo e no Executivo estadual e federal a partir de 2023, pelos próximos quatro anos. Além do presidente da República, os quase 150 milhões de eleitores brasileiros definirão os nomes de 27 governadores, 27 senadores, 513 deputados federais e 1.059 deputados estaduais e distritais. A escolha em 2022, a nona do período democrático mais longevo da história republicana brasileira, ocorrerá 490 anos após a primeira votação que se tem registro no país.

Em 23 de janeiro de 1532, os moradores de São Vicente, primeira vila fundada por portugueses no Brasil, elegeram indiretamente os oficiais de seu Conselho Municipal. A prática de escolher os representantes locais tornou-se corriqueira ao longo do período colonial para os cargos de juiz de paz, procuradores e vereadores (responsáveis pela administração municipal, já que não havia prefeitos). Mas atuar como eleitor e ocupar funções na governança local eram direitos apenas de grandes proprietários de terra e donos de escravos, os “homens bons”.

As votações deixaram de ser restritas ao âmbito municipal no Brasil apenas na época da Independência, em 1822. A experiência internacional fez com que o processo eleitoral passasse a ser visto como peça fundamental da organização política nacional, e os dirigentes criaram uma nova estrutura administrativa e um sistema representativo, ampliando as eleições para deputados e senadores.

Com a proclamação da República, em 1889, e a adoção do presidencialismo, dois anos depois, o direito ao voto se estenderia ainda mais. Em 1894, pela primeira vez, um presidente (Prudente de Morais) foi escolhido diretamente pelos eleitores, embora ainda poucos votassem.

No século 20, o voto no Brasil alcançou as mulheres e, por fim, os analfabetos. Apesar da interrupção parcial ou completa das eleições diretas nos períodos marcados por regimes autoritários, o processo eleitoral continuou evoluindo ― o país, atualmente, é dono do quarto maior eleitorado do mundo, atrás apenas de Índia, Estados Unidos e Indonésia. O sistema de votação eletrônico, inaugurado ainda nos anos 1990, eliminou as fraudes e, apesar das dimensões continentais do país, permitiu a apuração dos votos em questão de horas.

A seguir, a CNN traz os principais marcos das eleições brasileiras desde o século 19, quando elas começaram a ter importância nacional.
Veja os destaques em cada período:

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