Ministro Fachin sobre Forças Armadas no processo eleitoral: “Colaboração, sim; intervenção, jamais”

 Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin descartou, nesta sexta-feira (29/4), intervenção das Forças Armadas no processo eleitoral. A declaração foi feita em evento do qual Fachin participa em Curitiba (PR).

“Colaboração, cooperação e parcerias proativas para aprimoramento, a Justiça Eleitoral está inteiramente à disposição. Intervenção, jamais”, asseverou Fachin.

“Apuração paralela”

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, na última quarta-feira (27/4), que é preciso ter uma maneira para que se possa confiar no processo eleitoral brasileiro de urnas eletrônicas.

Neste ano, as Forças Armadas enviaram ao TSE documento com 10 medidas para ampliar a confiabilidade do processo eleitoral. O texto foi analisado pela Comissão de Transparência das Eleições instalada pela Justiça Eleitoral.

“Não precisamos do voto impresso para garantir a lisura das eleições, mas precisamos de ter uma maneira – e ali, nessas sugestões, existe essa maneira – para a gente confiar nas eleições”, assinalou o mandatário do país.

Em fevereiro deste ano, Bolsonaro já disse que as Forças Armadas são as “fiadoras” do processo eleitoral. No evento de quarta-feira, o titular do Planalto afirmou que as Forças Armadas apresentaram sugestões ao TSE para uma espécie de apuração paralela.

“Como os dados vêm pela internet para cá, e tem um cabo que alimenta a sala secreta do TSE, uma das sugestões é que, nesse mesmo duto que alimenta a sala secreta, seja feita uma ramificação um pouquinho à direita para que tenhamos do lado um computador das Forças Armadas, para contar os votos no Brasil”, disse.

O TSE já afirmou que não existe uma “sala secreta”. E a questão enviada pelo general Heber Garcia Portella, representante das Forças Armadas na Comissão de Transparência das Eleições, diz respeito às “medidas a serem tomadas em caso da constatação de irregularidades nas eleições”.

Metrópoles

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