Nove em cada dez microempresas e empresas de pequeno porte (EPPs) estão confiantes de que seus negócios vão prosperar, mesmo com a preocupação causada por fatores externos, como a alta da inflação e a insegurança. É na redução de custos que os empreendedores de pequenos negócios querem focar e a transformação digital com medidas de sustentabilidade devem contribuir para tanto. Com as boas impressões do futuro, a perspectiva é de que as micro e pequenas empresas continuem sendo as principais responsáveis pela geração de empregos no Rio Grande do Norte nos próximos meses.
Essas são constatações apontadas no levantamento realizado pelo Sebrae/RN com 127 empresas clientes entre os dias 20 e 24 de junho. O superintendente do Sebrae/RN, Zeca Melo, explica que a pesquisa deve subsidiar as ações da entidade e indicar o apoio e políticas públicas que as empresas entendem como mais apropriadas da parte do poder público. “Chama a atenção alguns pontos em relação às deficiências ou necessidades de políticas públicas. Eles falam em educação profissional e empreendedora, em simplificação e sugerem melhoria em relação à segurança”, pontua Zeca Melo.
A amostragem mostra que 92.9% dos empresários esperam vender mais; 67.5% querem aumentar o número de empregados; 95.3% desejam elevar o faturamento; 92,9% pretendem melhorar a produtividade do negócio e 96.1% esperam aumentar o número de clientes. Apesar de 36.5% acreditarem que sofrerão com o aumento dos custos em virtude da alta da inflação, 41.3% pretendem adotar medidas para diminuir esses custos porque também pretendem modernizar (92,1%)e aumentar (79.5%) os negócios . Dentre os entrevistados, 90% está confiante no negócio que dirige.
Ao analisar essa combinação de respostas, a gerente da Unidade de Gestão Estratégica (UGE), do Sebrae/RN, Alinne Priscila Dantas, destaca que pode-se esperar que os pequenos negócios continuem gerando mais postos de trabalho no Estado, como historicamente tem acontecido. “É uma visão boa, uma visão resiliente. Isso é indicativo de que pode haver geração de empregos, porque se eles estão pessimistas com o negócio, esqueça a contratações. Quem mais gera emprego são os pequenos negócios. Então, se ele tá otimista, deve contratar mais”, disse ela.
Foram as microempresas brasileiras que efetivamente contribuíram para o incremento e a manutenção do emprego no ano de 2021 uma vez que 72.78% do saldo de vagas advém desse contingente empresarial. As oportunidades de emprego por elas oferecidas suplantou em 3,04 vezes o número de postos de trabalho ofertados pelas pequenas, médias e grandes empresas no país. Somadas, as micro e pequenas empresas contemplaram 80,13% do total de ocupações registradas em no ano passado.
Do saldo positivo de emprego no Rio Grande do Norte, as microempresas também foram as grandes responsáveis pela expansão do emprego e, conseqüentemente, pela formação do saldo positivo atingido no final do ano, chegando a 90,49% dos novos postos de trabalho e a 97,70% quando somadas às empresas de pequeno porte.
Tribuna dor Norte
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