UERN: COMPERVE AVALIA QUE SERÃO NECESSÁRIOS 4 ANOS PARA REGULARIZAÇÃO DO CALENDÁRIO LETIVO

 
                                                                                                                                                                    Passada a greve de mais de 100 dias dos professores e técnicos-administrativos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), as consequências no cumprimento do calendário acadêmico passam a ser sentidas. Na avaliação da Comissão Permanente do Vestibular (Comperve), cerca de quatro anos será o período necessário para que seja plenamente regularizado o calendário universitário da Uern.

Ao longo da existência da instituição, houve várias paralisações de professores. Entretanto, em 2007, na paralisação dos docentes a categoria permaneceu no movimento paredista durante 64 dias. Em virtude dessa greve, de acordo com o coordenador da Comperve, Egberto Mesquita, durante mais de três anos o calendário da Uern ficou desregular.

E agora depois do maior período de paralisação dos docentes já registrado na Universidade, com 106 dias de greve, o coordenador Egberto Mesquita estima que sejam necessários, no mínimo, quatro anos para regularizar o calendário da Uern.

"Antes desse período é impossível regularizarmos o calendário universitário", frisa Egberto Mesquita.

Segundo ele, para tentar reduzir esse tempo, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) irá inserir mais sábados letivos no calendário na Universidade. "Todos os sábados no mês de setembro serão letivos. Mas isso não seria a salvação. É uma medida que o Consepe ouviu a categoria estudantil representada no Conselho, no entanto ainda avaliaremos se foi positiva ou negativa", diz.

Já em relação aos próximos calendários universitários da Uern, o coordenador da Comperve explica que será avaliada a utilização dos sábados. "O futuro calendário acadêmico de 2012 trabalharemos com essa inclusão dos sábados, ponderando sempre se a medida não prejudicaria os alunos, que trabalham e moram em outras cidades. Dependendo dessa avaliação que tomaremos a decisão", esclarece.

Apesar de uma grande parte dos estudantes da Uern ter apoiado o movimento grevista dos professores, os discentes da instituição temem agora as consequências do período de paralisação. A estudante de Ciências Econômicas do Campus Central da Uern Magna Emanuele, destaca que, além da ausência de férias no próximo ano, os alunos serão prejudicados no que se refere ao rendimento das atividades acadêmicas.

"Os professores vão sempre tentar regularizar e nessa busca não iremos aproveitar plenamente a disciplina. Isso porque a estratégia mais comum de muitos professores é a realização de trabalhos para cumprir a carga horária. Dessa forma quem sairá prejudicado somos nós, que teremos o rendimento comprometido", avalia Magna Emanuele.

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