NÚCLEO DE MOSSORÓ É FORTALECIDO NA SUBSTITUIÇÃO DO SECRETARIADO DA GOVERNADORA ROSALBA CIARLINI

O núcleo central do Governo do Estado - composto pelas Secretarias do Gabinete Civil (GAC); Planejamento e Finanças (Seplan); Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh); Infraestrutura (SIN); e Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape) - passa a ser gerenciado a partir de agora por um grupo de auxiliares que atuam junto à governadora Rosalba Ciarlini (DEM) desde a época de prefeita de Mossoró. Ontem, essa tese acabou reforçada quando a chefe do Executivo estadual anunciou o nome do ex-secretário de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária (Seara), Gilberto Jales, como novo titular da Semarh, pasta anteriormente capitaneada pelo vice-governador Robinson Faria (PSD). Assim como Anselmo Carvalho, que tomou posse no GAC minutos antes de externada a mais recente escolha, Jales foi secretário de Agricultura de Rosalba Ciarlini quando prefeita.


Governadora Rosalba Ciarlini assina os termos de posse de José Marcelo Costa e Anselmo Carvalho
Governadora assina termos de posse

Esse grupo de mossoroenses cuida das finanças do Governo, com Obery Rodrigues na Seplan; das principais obras de pequeno e grande porte, com Kátia Pinto na SIN; das ações na área de recursos hídricos e agricultura (pasta detentora do mais substancial montante do empréstimo junto ao Bird), com Gilberto Jales e Betinho Rosado, respectivamente na Semarh e Sape; e, sobretudo, da saúde administrativa e política do governo, cuja atribuição encontra-se no órgão que centraliza todas as demandas, que é o Gabinete Civil, hoje gerenciado por Anselmo Carvalho. Afora esse conjunto, há ainda a secretária extraordinária para Assuntos da Cultura, Isaura Rosado, cujo histórico no serviço público também remonta ao tempo de Rosalba enquanto prefeita de Mossoró.

O novo chefe do GAC afirmou que o momento era de "retomar a união de forças" para desempenhar com afinco as ações que visam o desenvolvimento do Estado. Anselmo destacou também que continuará o trabalho desenvolvido pelo ex-secretário Paulo de Tarso Fernandes e buscará uma unidade governamental. Sobre o novo auxiliar do Gabinete Civil, a governadora Rosalba Ciarlini disse que para a escolha pesou o misto de "experiência e juventude". "Aos 21 anos ele foi para a pasta da Agricultura, quando eu era prefeita de Mossoró, logo depois passou a secretário de Planejamento e depois procurador-geral. O seu potencial sempre esteve em destaque", elogiou a democrata.

Até os primeiros meses deste ano Anselmo Carvalho era procurador-geral de Mossoró. Rosalba Ciarlini assinalou que requereu à atual prefeita da cidade, Fafá Rosado (DEM), a dispensa do auxiliar. "Ele veio para a Secretaria de Administração e agora assume uma função tão importante quanto. Toda Secretaria é importante. Aqui é um coração que bate para que todos os órgãos funcionem bem. O GAC faz parte desse coração", exemplificou ela.

A nova configuração que a gestão do DEM tenta imprimir no Estado transparece a intenção da governadora de inserir nos órgãos da administração indicações pessoais. Não é o caso do consultor-geral, José Marcelo Costa, considerado da cota do procurador-geral, Miguel Josino Neto. Pesou na hora da escolha o desempenho do então procurador-geral adjunto nas questões que envolvem a participação do Estado na Copa do Mundo de 2014. Ele também recebeu elogios da governadora.

Rosalba Ciarlini terá ainda que decidir sobre os substitutos Marcelo Toscano, no Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (Idema); de Walter Gasi, na Companhia de Águas e Esgotos (Caern); e de Elias Alves, no Instituto de Águas do RN (Igarn). Com a saída de Gilberto Jales da Seara um novo nome deve ser conduzido para o cargo. O adjunto da Secretaria de Administração, que assume o posto interinamente, deve ser substituído por um novo titular. É possível que até o final da semana não se consolidem todas as substituições.

CRITÉRIO TÉCNICO, DIZ ROSALBA

Rosalba Ciarlini assegurou que o critério considerado na hora de escolher os novos auxiliares foi de ordem técnica e que esses nomes tinham que ter necessariamente um perfil consoante com a equipe do governo. "Eu não sei de que partido pertence dr. Marcelo [Costa, consultor-geral], dr. Vladimir [da Rocha, consultor adjunto], não perguntei e nem exigi filiação de ninguém em respeito à liberdade", enfatizou ela. Quanto à preponderância de um grupo que advém de quando era prefeita de Mossoró, destacou que a questão é de "qualificação e confiança". "Estamos nesse momento juntando pedacinho por pedacinho, fazendo certo para que esse estado possa avançar. Toda a administração passa por mudança e isso não é novidade", assinalou ela.

A governadora observou ainda que por focar no perfil técnico, quando da recomposição da equipe do governo, não pensa em oferecer a grupos aliados recentemente, como é o caso do PMDB do deputado federal Henrique Alves, a ocupação de espaços no âmbito da administração estadual. "Não serão convidados a ocupar espaço, a não ser que tenham nomes com o perfil que procuramos. Eu não estou escolhendo por partido, mas pelo critério de quem poderá me ajudar. Além disso, o próprio PMDB disse que não tem essa intenção", expôs Rosalba Ciarlini.

Ela comentou também sobre o rompimento do vice-governador. Na versão da democrata, o ex-aliado não teve "paciência" e não aguardou que fosse renomeado. A governadora disse ainda que Robinson Faria viajou a São Paulo ainda na segunda-feira (17), data em que entregou a interinidade no Executivo, e somente retornou a Natal na sexta-feira (21), quando anunciou o rompimento com o grupo que comanda o Estado. Ela admitiu, no entanto, que não houve agilidade quando da recondução do ex-presidente da Assembleia Legislativa à Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).

Quando indagada sobre a possibilidade de reaproximação disse que "o dia de amanhã a Deus pertence". As arestas entre ambos os grupos, no entanto, são contundentes. Na última segunda-feira 24), o vice-governador disse que está disposto a trabalhar para fortalecer a oposição ao governo de Rosalba Ciarlini. Robinson Faria disse que estará ao lado de outras lideranças de partidos oposicionistas, como o PT, PDT e PSB e destacou que tirou "um peso da cabeça" ao deixar o Governo. Ele disse que agora o objetivo é discutir alianças para 2012 com dirigentes de legendas da oposição, com o ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT), a deputada Fátima Bezerra (PT) e a ex-governadora Wilma de Faria (PSB).






 
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