Aos gritos de “fora, PT!”, diretório nacional da legenda aprova por aclamação saída da base de sustentação ao governo Dilma. Mais de cem peemedebistas participaram da decisão na Câmara
O 2º vice-presidente do Senado e um dos principais nomes do PMDB, Romero Jucá (RR), anunciou há pouco a aprovação, por aclamação, do rompimento do partido com o governo Dilma Rousseff, depois de mais de dez anos de aliança com as gestões petistas. A decisão foi tomada em um dos auditórios da Câmara, com mais de cem representantes do diretório nacional, aos gritos de “fora, PT!”.
“A partir de agora, ninguém está autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do partido!”, bradou Jucá ao microfone, em decisão saudade de pé pelos correligionários.
Em moção aprovada simbolicamente e por unanimidade, o partido se limita a anunciar a decisão e alertar a quem não acatar a determinação de entrega de cargos no governo – depois da saída, ontem (segunda, 28), do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, o PMDB ainda ocupa ministérios importantes, como o da Agricultura (senadora Kátia Abreu) e o de Minas e Energia (senador Eduardo Brada), além de centenas de postos de segundo e terceiro escalões.
Antes mesmo de a reunião começar, parlamentares da legenda já davam como certa a saída do PMDB da base governista. O deputado federal Marconi Perondi () afirmou ao Congresso em Foco que cerca de 60 parlamentares já são a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele adiantou também que a ministra Kátia Lopes, caso não aceite deixar a pasta, vai se desfiliar do partido.
Perondi avaliou ainda que outros ministros que mostrarem dúvida em relação ao processo de impeachment poderão, inclusive, sofrer expulsão da legenda.
Gerdel Vieira foi outro parlamentar a enfatizar que os ministros ligados ao PMDB deverão deixar os cargos ocupados no governo.
Com manifestação e gritos de ordem de “Brasil para frente, Temer presidente!”, a reunião do Diretório Nacional do PMDB começou a debater a Moção 01, que requer “imediata saída” do partido da base do governo “com a entrega imediata de todos os cargos em todas as esferas do Poder Executivo Federal”.
A partir da decisão, de acordo com a nota, as outras 11 moções que seriam debatidas na reunião foram declaradas “prejudicadas”.
Fonte: Congresso em Foco
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