Ricardo Noblat
Testemunha de defesa de Lula em um dos processos em que ele é reu na Lava Jato, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso descolou-se da posição do seu partido de continuar apoiando o governo e sugeriu a Michel Temer que renuncie ao mandato ou proponha ao Congresso a antecipação das eleições gerais marcadas para o próximo ano.
Da boca para fora, Lula e o PT pregam Diretas, já!, para a escolha de um novo presidente que governe no lugar de Temer e conclua o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.
Mas entre quatro paredes, Lula e o PT preferem que Temer siga governando, cada vez mais fraco. Isso poderia facilitar uma possível volta do PT a partir de janeiro de 2018.
Fernando Henrique faltou à reunião da cúpula do seu partido que no início desta semana, pela maioria dos seus membros, decidiu não abandonar Temer a pretexto da necessidade de se aprovar as reformas trabalhista e da Previdência Social no Congresso.
Estava gripado. Uma vez curado, surpreendeu Temer, o PSDB e o PT com o que disse ontem.
Alegou que sua percepção sobre a situação do país tem sofrido “fortes abalos”.
Se no passado recente havia dito que seria um golpe a convocação de eleições antes que Temer terminasse seu mandato, agora mudou de opinião.
E não está sequer seguro de que Temer, mesmo que ceda à ideia de eleições gerais antecipadas, consiga manter-se no poder até lá.
– Se eu me pusesse na posição de presidente e olhasse em volta reconheceria que estamos vivendo uma quase anomia.
Falta o que os políticólogos chamam de ‘legitimidade’ – justificou Fernando Henrique.
É da natureza do ex-presidente ora falar como um líder político, ora como um aclamado sociólogo.
Tudo indica que foi o sociólogo que falou desta vez.
A aprovação pelo Congresso de uma emenda que antecipe as eleições gerais demandaria muito tempo.
E mais tempo demandariam os preparativos, as campanhas e a realização afinal das eleições.
Não há no Congresso clima para que isso possa ocorrer.
Dificilmente se conseguiria, ali, dois terços dos votos para aprovar uma emenda à Constituição com tal propósito. Presidente, senadores, deputados e governadores eleitos este ano teriam mandatos mais longos do que seus antecessores, e também mais longos dos que viessem a sucedê-los.
Fernando Henrique, o sociólogo ou o líder político, está jogando para a plateia.
E polindo sua biografia.
Testemunha de defesa de Lula em um dos processos em que ele é reu na Lava Jato, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso descolou-se da posição do seu partido de continuar apoiando o governo e sugeriu a Michel Temer que renuncie ao mandato ou proponha ao Congresso a antecipação das eleições gerais marcadas para o próximo ano.
Da boca para fora, Lula e o PT pregam Diretas, já!, para a escolha de um novo presidente que governe no lugar de Temer e conclua o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.
Mas entre quatro paredes, Lula e o PT preferem que Temer siga governando, cada vez mais fraco. Isso poderia facilitar uma possível volta do PT a partir de janeiro de 2018.
Fernando Henrique faltou à reunião da cúpula do seu partido que no início desta semana, pela maioria dos seus membros, decidiu não abandonar Temer a pretexto da necessidade de se aprovar as reformas trabalhista e da Previdência Social no Congresso.
Estava gripado. Uma vez curado, surpreendeu Temer, o PSDB e o PT com o que disse ontem.
Alegou que sua percepção sobre a situação do país tem sofrido “fortes abalos”.
Se no passado recente havia dito que seria um golpe a convocação de eleições antes que Temer terminasse seu mandato, agora mudou de opinião.
E não está sequer seguro de que Temer, mesmo que ceda à ideia de eleições gerais antecipadas, consiga manter-se no poder até lá.
– Se eu me pusesse na posição de presidente e olhasse em volta reconheceria que estamos vivendo uma quase anomia.
Falta o que os políticólogos chamam de ‘legitimidade’ – justificou Fernando Henrique.
É da natureza do ex-presidente ora falar como um líder político, ora como um aclamado sociólogo.
Tudo indica que foi o sociólogo que falou desta vez.
A aprovação pelo Congresso de uma emenda que antecipe as eleições gerais demandaria muito tempo.
E mais tempo demandariam os preparativos, as campanhas e a realização afinal das eleições.
Não há no Congresso clima para que isso possa ocorrer.
Dificilmente se conseguiria, ali, dois terços dos votos para aprovar uma emenda à Constituição com tal propósito. Presidente, senadores, deputados e governadores eleitos este ano teriam mandatos mais longos do que seus antecessores, e também mais longos dos que viessem a sucedê-los.
Fernando Henrique, o sociólogo ou o líder político, está jogando para a plateia.
E polindo sua biografia.
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