Lula está preso. Vai começar a cumprir a pena de 12 anos e um mês de prisão

Ex-presidente se apresentou à Polícia Federal no início da noite deste sábado (7) para iniciar o cumprimento da pena de 12 anos e um meses de prisão, por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso tríplex, derivado da Lava Jato.
Crédito da foto: Reprodução/Reuters/Leonardo Benassatto/Agência Brasil Ex-presidente Lula quando estava deixando o Sindicato dos Metalúrgicos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preso. Ele se apresentou à Polícia Federal no início da noite deste sábado (7) para iniciar o cumprimento da pena de 12 anos e um meses de prisão, por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso tríplex, derivado da Lava Jato.

Lula, ainda na noite de hoje, passará por exame de corpo de delito na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. A partir de agora, o ex-presidente está sob custódia da PF.

Lula já fez o exame de corpo de delito na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Um helicóptero da Polícia Militar o levou para o Aeroporto de Congonhas, de onde partte o voo em avião da FAB com destino a Curitiba, onde o ex-presidente ficará preso, na sede da PF.

A apresentação de Lula durou 48 horas desde a determinação do juiz federal Sérgio Moro. O petista deveria ter se apresentado às 17h de sexta-feira (6), mas ele preferiu esticar a sua permanência no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Usou todo o tempo para as manifestações da militância, como forma de tentar potencializar o discurso de que a sua condenação e prisão são “políticas”.

O tumulto foi intenso. Quando decidiu se apresentar, houve enorme dificuldade. Lula tentou deixar a sede do sindicato por duas vezes, sendo contido pela militância. Uma multidão de apoiadores tentou impedir que Lula deixasse o local. Por volta das 18h45, o ex-presidente conseguiu sair da sede do sindicato onde estava desde a última quinta-feira (5) .

João Paulo, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), pediu que a militância não "entrasse em provocação" e buscasse "manter a concentração". Referindo-se à presença de agentes das forças de segurança em meio à multidão, o representante do MST ressaltou: "Nós estamos em uma negociação séria com a nossa militância, é difícil, mas nós não vamos topar qualquer tipo de repressão contra o nosso povo", afirmou. "Estamos em uma luta democrática".

Integrantes do PT se revezaram nos apelos à multidão para garantir a saída de Lula do sindicato. Manifestantes gritavam palavras de ordem e frases de incentivo para o ex-presidente.

Antes, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que a Polícia Federal havia concedido o tempo de 30 minutos para que o presidente se apresentasse.
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