Moro na mira
O jurista Miguel Reale Jr. acha “difícil prever” no que dará a denúncia sobre as conversas entre Moro e Dallagnol, “visto que não se tem ainda todas as gravações”. Mas pondera: “O que é certo é que a aura de mito do ministro se desfez”.
O ex-ministro da Justiça ressalta: “Imagine se o MP descobre mensagens desse tipo entre um juiz… e um advogado de defesa. Seria muito grave”. A lei, adverte, “é igual para os dois lados. Considera suspeito juiz que aconselha a parte”.
O jurista Miguel Reale Jr. acha “difícil prever” no que dará a denúncia sobre as conversas entre Moro e Dallagnol, “visto que não se tem ainda todas as gravações”. Mas pondera: “O que é certo é que a aura de mito do ministro se desfez”.
O ex-ministro da Justiça ressalta: “Imagine se o MP descobre mensagens desse tipo entre um juiz… e um advogado de defesa. Seria muito grave”. A lei, adverte, “é igual para os dois lados. Considera suspeito juiz que aconselha a parte”.
Moro na mira 2
O jurista acrescenta: as provas foram obtidas de maneira ilícita. “Assim, se imprestáveis para anular um processo, não o são para cobrir de desconfiança o trabalho do juiz conselheiro do MP”.
Moro na mira 3
Roberto Livianu, do Instituto Não Aceito Corrupção, entende que “o trabalho da Lava Jato nos últimos cinco anos tem de ser louvado” e diz que não vê “esse conluio devastador que está se querendo criar, pois não temos segurança da inteireza dos diálogos”.
Sua expectativa? “Que o CNJ e o CNMP cumpram seus deveres, investiguem e avaliem corretamente tudo”.
Estratégia
A revelação das mensagens entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol está dividindo os advogados da Lava Jato. Alguns apostam na suspeição geral do ex-juiz e outros acham melhor estratégia buscar nulidades pontuais das transcrições publicadas.
Consultados pela coluna, alguns já adiantam que as mensagens vão ser usadas na defesa de clientes. Mas antes é preciso fazer uma ata notarial da prova – com as matérias publicadas na imprensa – e ver se o juiz a aceita.
Vulnerável
Especialistas em segurança digital criticam a segurança do Telegram – app no qual Moro e Dallagnol trocavam mensagens. Lembram que o sistema tem pelo menos um caso de vulnerabilidade num ataque em 2016, na Rússia.
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