Com o agravamento da crise institucional no Brasil, aumentaram as cobranças para que Lula se posicione sobre o papel das Forças Armadas e como se daria a sua relação com os militares em uma eventual vitória do petista nas eleições do ano que vem. Desde março, o ex-presidente tem trabalhado na elaboração de uma carta aberta, na qual fará um aceno político aos militares. O documento já tem a sua base pronta, mas ainda não veio a público.
Parte dos petistas e aliados de Lula têm defendido que a manifestação deve ser publicada neste momento, diante da crescente escalada de agressões de Bolsonaro em relação ao Judiciário e das ameaças sobre as eleições. Em suas conversas sobre alianças para 2022, o ex-presidente também tem sido questionado sobre como vai lidar com o grande número de militares no governo Bolsonaro – hoje são mais de 6 mil – e a resistência que a caserna tem em relação a ele.
Lula ainda não bateu o martelo sobre quando fará o gesto. Quando o assunto é sua aproximação com os militares, costuma se fechar em copas e tratar do tema com pessoas de sua estrita confiança, como os ex-ministros da Defesa Nelson Jobim e Celso Amorim. Ambos estão ajudando o ex-presidente na elaboração deste documento e também na construção de pontes junto às Forças Armadas. A receptividade, porém, não tem sido boa.
Na carta aos militares, Lula pretende destacar o tratamento que deu ao segmento em seu governo, apontar investimentos que fez e salientar que as Forças Armadas são um organismo de Estado, que não podem ser partidarizadas.
Fonte: Jornal O Globo, do qual este Blog é Assinante.
0 Comments:
Postar um comentário