Governadora Rosalba Ciarlini no momento que concedeu entrevista ao Observador Política e ao Jornal O Mossoroense |
"Eu nunca falei em oito milhões nem autorizei ninguém a falar", declara Rosalba Ciarlini
Domingo, 02 de Outubro de 2011 às 00:00 / Por: Redação Na quinta-feira a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) concedeu entrevista ao programa Observador Político e o jornal O Mossoroense reproduz na íntegra a conversa.
Observador Político: Qual a motivação para um novo Batalhão de Polícia Militar?
Rosalba Ciarlini: Quando o Batalhão de Mossoró foi instalado, a população não passava de 50 mil habitantes. Hoje nós temos quase 300 mil, e continuava só um Batalhão, atendendo a Mossoró e a região toda, nó temos, por exemplo, Caraúbas, e não temos outro Batalhão, nós temos uma companhia, que está subordinada ao Batalhão daqui. A população cresceu, a cidade cresceu, a violência, essa foi que cresceu mesmo, então nós temos que dar melhor estrutura, um contingente maior, mais equipamentos, viaturas. Além disso, com relação à violência, nós estamos também em Mossoró ampliando, investindo mais, já estamos em processo licitatório para melhorar também a parte da inteligência no Estado como um todo, por exemplo, na questão das câmeras que temos instaladas, nós vamos triplicar o número de câmeras. Vamos mudar o sistema que é analógico para o sistema digital, porque hoje, por incrível que pareça, com o sistema que existe, se você falar de um orelhão você pode até bloquear a comunicação com a polícia.
OP: Quanto ao novo Batalhão foi divulgado que seria dividido o atual, para ficar dois Batalhões. Vai ser dividido? Virão novos policiais?
RC: Terão mais policiais. Agora tudo é uma estrutura que está aí crescendo gradativamente, vêm mais policiais, mais equipamentos, recentemente entregamos 40 motos, novas viaturas, tudo isso vai dar mais agilidade.
OP: Governadora, há muito questionamento sobre a verba de R$ 8 milhões para o Nogueirão, por que não deixar a permuta?
RC: De onde tiraram essa verba de oito milhões? Eu nunca falei em oito milhões nem autorizei ninguém a falar. Alguém criou isso. Nós estamos levantando quais são as necessidades para que o Nogueirão funcione. E por que eu tomei essa atitude? Porque todas as vezes que eu venho a Mossoró o cidadão comum me questionava. O sentimento é de perda, nós não temos jogos, por isso nós queremos fazer um trabalho necessário para desinterditar o estádio, não é construir um novo. É bom ficar bem esclarecido, não foi definido o valor, até porque não se tem projeto.
OP: A senhora vai viajar no próximo mês para fechar o contrato do empréstimo de US$ 540 milhões com o Bird. Onde é que esses recursos serão aplicados prioritariamente?
RC: Nós fizemos a proposta de US$ 540 milhões dentro do programa de combate à pobreza rural desenvolvido pelo Banco Mundial, e este ano nós conseguimos introduzir a área de educação, e algumas obras de infraestrutura importantes. Esse projeto é feito para desenvolver as cadeias produtivas e gerar emprego e renda, aliando pesquisa, inovações, estruturas e infraestrutura, se não tiver estrada para haver escoamento, nós vamos fazer, se não tiver água, nós vamos trazer. O projeto é voltado para várias atividades. Nós não podemos perder essa oportunidade, não sei se conseguiremos esse valor, mas eu não iria pedir US$ 200 milhões.
OP: Em que estágio estão as obras das estradas?
RC: Foi finalizada a licitação para a contratação da empresa para realizar o projeto estruturante da duplicação Mossoró/Tibau, e da estrada Serra do Mel/Carnaubais e Serra do Mel sentido Areia Branca até a BR-110, são 120 dias para a empresa concluir o projeto, orçado em R$ 1,2 milhão mais ou menos, e eu espero, ainda este ano, fazer outra licitação para execução dessas obras.
OP: Concursos da Saúde, Polícia Civil, Detran, quando serão as convocações?
RC: Vou lhe dizer com toda a honestidade. Não sei. Depende da Lei de Responsabilidade Fiscal e de autorização do Tribunal de Contas e da Justiça. Porque alguns desses concursos o prazo já foi expirado, e a Justiça está mandando cancelá-los, um já havia até sido prorrogado, então com o fim da prorrogação eu não posso fazer nada. E eu só poderia chamar quando houver disponibilidade através do índice de Lei de Responsabilidade Fiscal, e nós estamos tendo essa dificuldade de fazer também as melhorias salariais. Se descumprirmos a lei, teremos penalidades severas, e o Estado deixa de receber qualquer tipo de recurso do Governo Federal, e seremos obrigados a demitir pessoal. Eu quero garantir o emprego de todos, garantir o pagamento em dia, e por isso temos que ter responsabilidade em respeitar essa lei. Quanto a Saúde, nós fizemos uma consulta ao Tribunal de Contas e foi autorizada a contratação, mas tem que ficar restrito à substituição de aponsentados e vagas por morte.
OP: E o aeroporto?
RC: O aeroporto. O presidente da Infraero esteve em Natal . Tive uma audiência com ele e saí felicíssima, porque ele garantiu o dinheiro, pediu que eu enviasse à secretária os projetos. Nós precisaremos de recursos na ordem de R$ 10 milhões, dos quais 60 a 70% serão investidos no Aeroporto de Mossoró, em toda a infraestrutura necessária, e também para melhorias em outros municípios, como Assú, Caicó, Currais Novos, Pau dos Ferros.
OP: Governadora, a imprensa que tem feito a cobertura da presença da senhora aqui tem vislumbrado que tem se dado muita atenção à secretária de Infraestrututa Kátia Pinto. Ela é uma alternativa para o ano que vem?
RC: Um repórter me perguntou se Kátia estaria toda semana aqui em Mossoró, e eu respondi que ela virá quantas vezes forem necessárias para as obras da região. Agora as obras de infraestrutura começam a acontecer e é natural que ela venha, quanto a isso não há nada mais do que trabalho.
OP: Mas ela será uma alternativa para ser candidata à Prefeitura de Mossoró?
RC: Olha, eu não sei, eu ainda não sei disso.
OP: Em 2012, se o candidato à Prefeitura escolhido pelo Palácio da Resistência não seja o que a senhora desejar, há chances de a senhora apoiar Larissa Rosado?
RC: No próximo ano, pode ficar certo, eu quero tanto bem a Mossoró que vamos analisar bem direitinho (sic) o que é melhor para a nossa terra.
OP: Nos seus primeiros meses de governo a senhora enfrentou muitas greves, e segundo informações que nós recebemos, estariam novamente com indicativo de greve os órgãos da administração indireta, Detran, Emater, FJA, fala-se ainda na Educação, Polícia Civil e até os médicos. Como é que a senhora está tratando essa questão de novo?
RC: A gente sabe que greve não é só no Rio Grande do Norte. Tem nos Correios, bancos, nos outros estados e universidades federais. O funcionário sempre deseja mais. Os professores estão recebendo o que foi acordado. É o maior aumento já dado. O piso está sendo pago e é muito pouco. Com os médicos foi acertado que seriam incorporadas as gratificações para que fizesse parte do piso e que os efeitos iriam começar a valer em setembro, as incorporações foram feitas em maio. Na semana passada fui surpreendida porque o sindicato diz que tem 344 médicos que não recebem as gratificações, mas espere aí: o acordo foi incorporar as gratificações e seus efeitos a partir de setembro e isso foi feito. Não foi quebra de compromisso. Com a Polícia Civil, existe uma questão de interpretação, e eu estou aberta para discutir essa questão da progressão. O secretário já marcou uma data para sentar e analisar se a progressão não tiver sido feita vamos fazer. Não tem nenhuma dificuldade, não.
OP: Como está a situação da BR-110 e Complexo da Abolição?
OP: Eu estive com o novo o diretor do Dnit e o novo ministro. Não foi iniciada há mais tempo por causa da mudança de ministro e mandaram parar tudo. As obras só começam depois de encerrado o processo de contratação de uma empresa para acompanhar todas as obras. Complexo da Abolição está nadando e não vai haver nenhum problema. Não tem nada que vá impedir o seu andamento.
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