A estudante mineira Mariana Silva Vilas Boas, 19, posa para foto de propaganda do cursinho
O medo de não passar em nenhum vestibular fez Mariana Silva Vilas Boas,
 19, se inscrever em mais de dez processos seletivos e ser aprovada em 
oito instituições públicas para medicina, entre elas a USP (Universidade
 de São Paulo), onde vai estudar. “Eu não tinha segurança, por isso fiz 
tanto vestibular e passei desse jeito. Fiz muita prova e estudava por 
elas”, contou a jovem mineira, da cidade de Pouso Alegre, a cerca de 400
 quilômetros de Belo Horizonte.
Além da USP, ela também foi aprovada na Unicamp (Universidade Estadual 
de Campinas), na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), na UFJF 
(Universidade Federal de Juiz de Fora), na UFF (Universidade Federal 
Fluminense), na Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de 
Janeiro), na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), na Famema 
(Faculdade de Medicina de Marília), na Univás (Universidade do Vale do 
Sapucaí), na FMIT (Faculdade de Medicina de Itajubá) e na Unifenas 
(Universidade José do Rosário Vellano).  “Acho que de medicina foram 
essas”, disse a estudante um pouco confusa com tantas aprovações.
Concorrências dos vestibulares de medicina
| Instituição | Candidatos/vaga | 
| USP | 51,18 | 
| Unicamp | 114,4 | 
| Unifesp | 115,99 | 
| UFJF | 74,73 | 
| UFF | 72,36 | 
| Unirio | 86,88 | 
| UFMG | 50,01 | 
| Famema | 69,59 | 
“Nunca pensei que iria passar na USP. Pensei que não tinha estudado do 
jeito certo. Sei que em São Paulo o pessoal leva muito a sério, achava 
que não tinha como competir. Aqui é mais direcionado para o vestibular 
da cidade, é outra realidade”, afirmou. No começo, Mariana não achava 
que ia passar nem nas faculdades particulares que prestou: “Nas 
particulares, o cursinho que pagou minhas inscrições e eu achava que não
 ia passar nem nessas. Depois, pensei que pudesse conseguir alguma 
federal, mas não achava que ia ser nas melhores”, contou.
Desânimo antes das aprovações
Além dos vestibulares, a estudante também fez a prova do Enem (Exame 
Nacional do Ensino Médio) e teve média 786, mas não ficou feliz com o 
resultado. “Eu acertei 168 questões. Quando corrigi meu Enem fiquei 
muito feliz, achei que minha média ia ser mais de 800. Então, quando vi 
minha nota fiquei muito mal mesmo.”
Ela disse que só ficou um pouco mais aliviada quando saiu a primeira 
aprovação, que foi na Unirio (por meio da nota do Enem). A estudante 
ficou satisfeita, mas ainda sonhava com outras instituições. “No dia 
seguinte saiu a UFMG, fiquei muito feliz com a aprovação, acabaram 
minhas dúvidas e angústias. Ai saiu a USP e eu já tinha arrumado 
apartamento para ficar em Belo Horizonte, não esperava de jeito nenhum 
passar na USP. Quando vi meu nome fiquei muito feliz, contei pra minha 
mãe na hora, depois achei que tinha confundido e passado na Santa Casa, 
até liguei em São Paulo para saber se era isso mesmo. Ainda não 
acredito, é muito bom pra ser verdade”, afirmou Mariana.
A estudante disse achar estranho a quantidade de aprovações e contou 
que teve alguém que vibrou mais do que ela: “Minha mãe gritou e chorou 
toda vez que eu passava em alguma faculdade, muito mais do que eu. Minha
 mãe e toda minha família. Não que eu não vibrasse, mas ela ficava muito
 louca toda vez que eu passava. Isso também foi uma surpresa para ela”.
Sem rotina de estudos
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“Não sou uma ‘nerd’, mas eu gosto de estudar, gosto de ler e gostava de assistir algumas aulas”, diz Mariana
 
A caloura de medicina diz que não tinha uma rotina de estudos definida e, quando questionada sobre dicas que poderia dar aos vestibulandos, afirmou não ser "o melhor exemplo de rotina e metódos de estudo".
Fonte: Uol
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