Suzane foi cúmplice das mortes dos pais em 2002
Suzane está presa desde 2002, após assassinato do casal Rochthofen; condenação pela morte dos pais é de 2006 (Foto: reprodução)
A detenta Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, pediu à Justiça para ir ao regime aberto – se for concedido, ela cumprirá o restante da pena em liberdade. Não há prazo para julgamento do pedido, feito pela defesa dela no início deste mês. Ela está presa em Tremembé, no interior de São Paulo.
No documento, a defesa incluiu que Suzane, quando obtiver a progressão, tem uma vaga de emprego de costureira disponível em uma confecção em Angatuba (SP) – cidade onde vive o namorado da presa. A oferta, confirmada pela empresa em um ofício, permanecerá em aberto até a decisão da Justiça sobre o regime penal mais brando.
A detenta, encarcerada desde 2002, passou a cumprir pena em outubro de 2015 no regime semiaberto. Nele, ela já tem direito às saídas temporárias. Se for para o regime aberto, ela poderá deixar a prisão para viver em liberdade desde que tenha endereço fixo, trabalho e compareça em datas determinadas pela Justiça na Vara de Execuções Criminais (VEC).
No pedido, a defensoria, que atua na defesa de Suzane Richthofen, aponta que ela cumpriu o tempo de pena necessário para ter direito à progressão para o regime aberto – sendo um sexto da pena no semiaberto. O documento destaca ainda o ‘ótimo comportamento carcerário da sentenciada’ apontado em atestado emitido pela direção da penitenciária.
No cálculo da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o prazo para mudança de regime seria 4 de setembro de 2019, mas a Defensoria cobra o abatimento de 996 dias deste prazo, adquirido por meio do trabalho de costureira que exerce em uma oficina no presídio. Antes, ela atuou na unidade como auxiliar de enfermaria e de copa.
Se esses dias remidos forem considerados, ela já teria cumprido o tempo necessário à progressão.
O pedido de Suzane foi encaminhado ao Ministério Publico que deve emitir um parecer sobre o regime aberto à detenta na próxima semana. Essa análise deve embasar a decisão da Justiça.
O G1 procurou o promotor Paulo de Palma; a juíza que vai apreciar o pedido, Wânia Gonçalves da Cunha; a Defensoria Pública e a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) para comentar o assunto. Ninguém retornou até a publicação da reportagem.
Irmãos Cravinhos
Cristian Cravinhos, de 41 anos, um dos autores do assassinato do casal Richthofen e, à época do crime, cunhado de Suzane, pode estar ainda mais próximo de obter a liberdade por meio do regime aberto. Assim como Suzane, ele cumpre pena no regime semiaberto em Tremembé.
Cristian fez um pedido de progressão de regime e recebeu parecer favorável do Ministério Público. A liberdade dele agora só depende de uma decisão da juíza Wânia Regina Gonçalves da Cunha, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté.
O pedido de regime aberto foi feito no começo deste ano. Ele passou por um exame criminológico que foi concluído em março com parecer favorável. Mesmo assim, o MP pediu um exame ainda mais elaborado e aprofundado, conhecido como teste de rorschach, que também atestou parecer favorável. O exame foi feito no dia 8 deste mês.
O irmão dele, Daniel, também está com pedido de regime aberto em andamento. No caso dele está na fase de contagem dos dias que podem ser abatidos da pena por ter trabalho na prisão. O processo segue o trâmite normal, submetido ao MP e Justiça, assim que a contagem for finalizada.
Os irmãos Cravinhos cumprem pena no regime semiaberto desde 2013 e já tiveram direito a 20 saídas temporárias.
Os irmãos Cristian (esq.) e Daniel Cravinhos, que também tentam o regime aberto, em foto de 23 de janeiro de 2006 (Foto: Vidal Cavalcante/Estadão Conteúdo/Arquivo)
G1
A detenta Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, pediu à Justiça para ir ao regime aberto – se for concedido, ela cumprirá o restante da pena em liberdade. Não há prazo para julgamento do pedido, feito pela defesa dela no início deste mês. Ela está presa em Tremembé, no interior de São Paulo.
No documento, a defesa incluiu que Suzane, quando obtiver a progressão, tem uma vaga de emprego de costureira disponível em uma confecção em Angatuba (SP) – cidade onde vive o namorado da presa. A oferta, confirmada pela empresa em um ofício, permanecerá em aberto até a decisão da Justiça sobre o regime penal mais brando.
A detenta, encarcerada desde 2002, passou a cumprir pena em outubro de 2015 no regime semiaberto. Nele, ela já tem direito às saídas temporárias. Se for para o regime aberto, ela poderá deixar a prisão para viver em liberdade desde que tenha endereço fixo, trabalho e compareça em datas determinadas pela Justiça na Vara de Execuções Criminais (VEC).
No pedido, a defensoria, que atua na defesa de Suzane Richthofen, aponta que ela cumpriu o tempo de pena necessário para ter direito à progressão para o regime aberto – sendo um sexto da pena no semiaberto. O documento destaca ainda o ‘ótimo comportamento carcerário da sentenciada’ apontado em atestado emitido pela direção da penitenciária.
No cálculo da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o prazo para mudança de regime seria 4 de setembro de 2019, mas a Defensoria cobra o abatimento de 996 dias deste prazo, adquirido por meio do trabalho de costureira que exerce em uma oficina no presídio. Antes, ela atuou na unidade como auxiliar de enfermaria e de copa.
Se esses dias remidos forem considerados, ela já teria cumprido o tempo necessário à progressão.
O pedido de Suzane foi encaminhado ao Ministério Publico que deve emitir um parecer sobre o regime aberto à detenta na próxima semana. Essa análise deve embasar a decisão da Justiça.
O G1 procurou o promotor Paulo de Palma; a juíza que vai apreciar o pedido, Wânia Gonçalves da Cunha; a Defensoria Pública e a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) para comentar o assunto. Ninguém retornou até a publicação da reportagem.
Irmãos Cravinhos
Cristian Cravinhos, de 41 anos, um dos autores do assassinato do casal Richthofen e, à época do crime, cunhado de Suzane, pode estar ainda mais próximo de obter a liberdade por meio do regime aberto. Assim como Suzane, ele cumpre pena no regime semiaberto em Tremembé.
Cristian fez um pedido de progressão de regime e recebeu parecer favorável do Ministério Público. A liberdade dele agora só depende de uma decisão da juíza Wânia Regina Gonçalves da Cunha, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté.
O pedido de regime aberto foi feito no começo deste ano. Ele passou por um exame criminológico que foi concluído em março com parecer favorável. Mesmo assim, o MP pediu um exame ainda mais elaborado e aprofundado, conhecido como teste de rorschach, que também atestou parecer favorável. O exame foi feito no dia 8 deste mês.
O irmão dele, Daniel, também está com pedido de regime aberto em andamento. No caso dele está na fase de contagem dos dias que podem ser abatidos da pena por ter trabalho na prisão. O processo segue o trâmite normal, submetido ao MP e Justiça, assim que a contagem for finalizada.
Os irmãos Cravinhos cumprem pena no regime semiaberto desde 2013 e já tiveram direito a 20 saídas temporárias.
Os irmãos Cristian (esq.) e Daniel Cravinhos, que também tentam o regime aberto, em foto de 23 de janeiro de 2006 (Foto: Vidal Cavalcante/Estadão Conteúdo/Arquivo)
G1
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