Ministério do Turismo lança diretrizes para o turismo social

Segmento equilibra inclusão social e economia do turismo para o crescimento sustentável do setor de viagens

Malab apresentou diretrizes durante seminário sobre turtismo social. Foto: Christina Bocayuva

O secretário nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo do MTur, Aluizer Malab, lançou nesta quinta-feira (04), no Rio de Janeiro, um documento do Ministério do Turismo com as diretrizes para o desenvolvimento do Turismo Social no Brasil. O segmento propõe o desenvolvimento dos destinos de forma responsável, inclusiva, solidária e cidadã. O evento reuniu especialistas no tema em seminário realizado pela Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Serviço Social do Comércio (Sesc).

Ao apresentar os principais pontos do documento, Malab apontou o turismo social como uma forma transversal de trabalhar a atividade turística contribuindo para ampliar o acesso das pessoas ao turismo. “O Turismo Social é a forma de turismo que promove a inserção de todos, proporcionando qualidade de vida e exercício da cidadania”, afirmou. O secretário destacou que o Brasil é signatário dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS) e que uma das atribuições do Ministério do Turismo previstas no Plano Nacional de Turismo 2018-2022 é promover o turismo responsável e sustentável.

Segundo o secretário do MTur, as diretrizes vão nortear ações e fazer convergir políticas no sentido de promover um turismo de todos para todos. “Hoje 60 milhões de brasileiros viajam pelo Brasil e temos um potencial enorme de crescimento, já que o Turismo é um direito de todos e gera oportunidade de integrar comunidades locais à cadeia produtiva do setor de Viagens, obtendo benefícios sociais e econômicos”, destacou Malab.

Foram definidas seis Diretrizes para o Turismo Social no Brasil: 1) capacitação continuada dos recursos humanos, promovendo a inclusão e respeitando as diferenças; 2) informação e comunicação com engajamento e atuação conjunta de turistas, trade e setor público; 3) incentivos para viabilização e recursos, tecnologias e infraestrutura; 4) promoção e comercialização de roteiros, produtos e serviços turísticos de forma integrada e regional; 5) desenvolvimento e sustentabilidade do setor e das localidades impactadas pelo turismo; e 6) governança e parcerias para fortalecer a cadeia produtiva do turismo.

As diretrizes foram elaboras pelo Grupo de Trabalho de Turismo Social que integra a Câmara Temática de Turismo Responsável. A câmara é composta por 12 entidades do Conselho Nacional de Turismo (CNT) do MTur, entre elas a CNC. “Com este seminário, a CNC pretende estabelecer sinergias que resultem em ações concretas em prol de um setor que tem muito a crescer e contribuir para a economia e o desenvolvimento social do País”, afirmou o presidente da Confederação, José Roberto Tadros.

O evento foi encerrado pelo economista e mestre em desenvolvimento social, Márcio Favilla, que foi diretor executivo da Organização Mundial do Turismo (OMT) de 2010 a 2017. Ao todo, 15 especialistas debateram propostas de políticas públicas que incentivem ações voltadas ao crescimento do segmento, favorecendo o ambiente de negócios, os empreendimentos sociais e valorizando a prática do turismo para todas as camadas da sociedade.

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