PARTIDO DE QUEM GANHAR PSD vai liberar diretórios nos estados para votar em quem quiser na eleição presidencial

 Foto: Reprodução

O PSD não terá candidato próprio ao Palácio do Planalto na eleição deste ano, mas não foi por falta de esforço do seu presidente, o ex-ministro Gilberto Kassab, que tentou muitas alternativas para o posto. Com várias negativas, e o tempo correndo contra (faltam cinco meses para a eleição), o partido vai liberar os estados para costurar apoios locais à Presidência.

Kassab tentou ao menos quatro nomes. O primeiro foi o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, que trocou o DEM pelo PSD em uma festa concorrida em Brasília no final de outubro, na qual foi saudado como presidenciável do partido – embora ele próprio não tivesse admitido isso. Sem conseguir sair do 1% nas pesquisas, Pacheco desistiu pouco mais de quatro meses depois.

A próxima tentativa foi o então governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que, após perder as prévias no PSDB para João Doria, decidiu manter o seu sonho presidencial. O acerto chegou muito perto de acontecer. Segundo VEJA apurou, Leite confirmou que iria para o PSD para ser candidato, mas logo depois recuou e decidiu ficar no PSDB, em um gesto que deixou Kassab bastante contrariado.

Outras tentativas envolveram o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, um importante articulador da chamada terceira via, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, que preferiu disputar o governo de Minas Gerais.

Agora, o PSD vai se manter nacionalmente distante dos favoritos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, mas localmente vai costurar acordos presidenciais. No Paraná, por exemplo, o governador Ratinho Jr. é muito próximo de Bolsonaro. Já no Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes negocia um palanque com Ciro Gomes (PDT). Em São Paulo, Felicio Ramuth vai caminhar, por ora, sem acordo com presidenciáveis.

Além da falta de um nome que topasse a candidatura presidencial e da necessidade dos candidatos a governador de montarem os seus palanques, Kassab ainda enfrentava a clara opção de alguns líderes do partido por outro presidenciável, como o senadores Otto Alencar (Bahia) e Omar Aziz (Amazonas), ambos vice-presidentes da legenda, que vão disputar a reeleição com o apoio de Lula.

Uma alternativa que circula nos bastidores do PSD seria o lançamento da candidatura do próprio Kassab à Presidência, mas com os estados liberados para fazerem outros acordos para a corrida nacional. Seria uma saída parecida com a desenhada também pelo União Brasil, onde o presidente da sigla, Luciano Bivar, deve lançar o seu nome, mas dando autonomia aos candidatos a governador, como ACM Neto (Bahia) e Ronaldo Caiado (Goiás), para montarem os seus palanques.

Veja

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