Pré-candidato a governador pelo PSL critica principais candidatos e revela que poderá abrigar insatisfeitos
O pré-candidato do PSL a governador, Araken Farias, criticou o tamanho do palanque do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, pré-candidato do PMDB a governador nas eleições deste ano. Em entrevista ao Jornal da Cidade, da FM 94, ele disse considerar impossível realizar um amplo acordo político com a quantidade de partidos que o PMDB está querendo. “Já imaginava que isso chegaria a um determinado momento em que os partidos iriam procurar o que era melhor para eles. Porque é impossível fazer um acordão com a quantidade de partidos que o PMDB estava querendo. Agregar essas pessoas todas em um governo é você fatiar o Rio Grande do Norte e terminar de afundar o estado. Seria uma gestão temerosa para o nosso estado”.
Especula-se que cerca de 20 partidos estejam acertados com PMDB, PSB, PR, DEM, PROS e outros, em torno da eleição de Henrique para governador, Wilma de Faria (PSB) para o Senado, e João Maia (PR) para vice-governador. Neste sentido, o G-10, grupo de legendas articulado pelo próprio Araken, que já havia assinalado participação na chapa de Henrique, poderá refluir e acertar apoio à candidatura de Henrique ao governo. “Vamos voltar a conversar hoje com esses partidos e levar para eles todas as nossas propostas”, afirmando que está havendo um “esvaziamento” do grupo de partidos políticos de apoio à candidatura do deputado Henrique ao governo. Araken disse que partidos do G-10 que já declararam apoio ao peemedebista, como PEN, PRB, PRTB, PTN, PPL e PAN, poderão deixar a base de Henrique e apoiar sua candidatura. Presidente estadual do PSL, Araken confirma para o dia 28, no Espaço Cuxá, a convenção que irá homologar seu nome para a disputa majoritária e os candidatos da eleição proporcional.
“Até ontem, tudo indicaria que a gente teria chapa puro sangue, porque me parece que a arca de Noé que se criou estava absorvendo quase todos os partidos. Mas ontem eu fui chamado para uma reunião pelo presidente do PEN, o advogado Luís Gomes, e parece que está havendo um esvaziamento nessa aliança, nesse acordão, desde ontem vem se criando esse burburinho na cidade. Nós vamos nos reunir hoje com o presidente do PEN, do PRB, do PRDB, do PTN e do PP, mas ainda tem o PPL e o PAN, para ter uma conversa, uma possível aliança em apoio à candidatura majoritária do PSL”, afirmou Araken.
Araken lembrou que a iniciativa de reunir um grupo de partidos, que chegou a ser chamado G-10, partiu dele próprio, e tinha em vista apoiar um nome que representasse a renovação para o Estado. “Esses partidos são exatamente do meu convite, das primeiras reuniões que se criou o G10, do PSDC, que iniciou nessa conversa com o PSL e todos esses partidos, que foram para o acordão, mas agora estão saindo do acordão”, afirmou, acrescentando que os partidos já conversaram também com o pré-candidato do PSD, Robinson Faria, sem formalização de aliança. “Eu já tenho conhecimento de que conversaram com o pré-candidato do PSD e ontem eu recebi o convite do advogado Luís Gomes. Nós tivemos uma conversa longa e vamos voltar a nos reunir hoje, talvez com todas essas siglas para definir esse apoio à candidatura majoritária do PSL. Então, é uma declaração de que aquela grande arca, aquele grande acordão, está se desfazendo”, acrescentou Araken.
“Henrique e Robinson não representam a renovação no Estado”
Araken Farias afirmou ainda que o PSL terá condições de contabilizar mais de 300 mil votos na eleição majoritária, sobretudo com o apoio dos partidos do chamado G-10, que poderão apoiar sua pré-candidatura ao governo do Estado. “Nós temos condições de lançar candidato próprio. Esses partidos juntos têm mais de 300 mil votos. Então, por que não ter candidatura própria? Por que não oferecer à sociedade norte-rio-grandense uma opção de voto? A renovação que estão colocando aí, dizendo que é o novo, eu pergunto: De novo? Será que essas pessoas não se cansaram de dizer que é o novo? Será que o povo vai aceitar de novo essa imposição?”, questionou Araken Farias, ainda em sua entrevista à Rádio Cidade.
O pré-candidato do PSL defendeu o fim das oligarquias que dominam o estado há mais de 50 anos, criticando a forma como negociam a vida pública. Segundo ele, a governadora Rosalba Ciarlini foi impedida de ser candidata numa espécie de combinemos com os políticos tradicionais. “Será que o partido impediu mesmo ou Rosalba já não queria ser candidata e isso é outra artimanha? E deixou a governadora aí em uma situação de vítima. Os políticos que estão aí há mais de cinquenta anos eles negociam desta forma, eles conversam nos bastidores e passam para a população outra coisa que não é a verdade dos fatos. Então a gente precisa dar um basta nisso, fazer uma renovação”, declarou.
Você sabe que pela legislação eleitoral a gente não pode fazer divulgação dos planos do governo, mas o que eu vejo é que os que são candidatos ao governo não têm nem seque preparado um plano; nosso plano já está pronto, nós vamos, até o dia 5 de julho, apresentar esse plano à Justiça Eleitoral e aí sim a gente vai poder fazer a divulgação do que está lá no plano, mas eu posso lhe resumir que uma reforma administrativa será imprescindível para esse novo governo. Então esse plano de governo consiste em trazer uma reforma administrativa para que o cidadão participe efetivamente desse governo.
Ao se colocar como renovação na atual eleição para governador, Araken Farias criticou duramente o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves: “Ele se apresenta como renovação, como o candidato do PMDB, mas faz 44 anos que ele é deputado; novo em quê? De novo? Henrique já demonstrou que não tem capacidade de administrar, ele mesmo deu entrevista, há três anos, dizendo que não queria ser governador, dizendo que a casa dele era a Câmara Federal, que não tinha nada a ver com o estado do Rio Grande do Norte. Eu não sei nem se Henrique mora no Rio Grande do Norte, ele tem uma casa aqui também, Henrique mora no Rio de Janeiro, efetivamente”.
Segundo Araken Farias, Robinson Faria, por sua vez, demonstrou não ter capacidade de aglutinar apoios e também questionou a capacidade administrativa do vice. “O candidato do PSD também já demonstrou que não tem essa capacidade de aglutinar sequer os partidos para poder fazer uma aliança, nem capacidade administrativa. Ele foi vice-governador, dois, três meses. Disse que rompeu. Mas eu não sei que rompimento é esse. Porque rompimento, para mim, tem que ser feita renúncia do seu cargo de vice-governador. Mas ele se mantém com os cargos no estado, como o próprio PMDB. Então, não há nenhum rompimento”.
Fonte: O Jornal de Hoje
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