Presidente Dilma diz ser contra projeto de terceirização

Em um dos vídeos divulgados pela internet neste Primeiro de Maio, a presidente Dilma Rousseff (PT) criticou o projeto de terceirização aprovado pela Câmara. Com receio de um “panelaço”, primeira vez a presidenta não fez um pronunciamento em cadeia de rádio e TV, preferindo se manifestar por meio das redes sociais.

O projeto está hoje no Senado e a manifestação de Dilma gerou críticas. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse ela precisa ter “cautela” caso decida vetar o Projeto de Lei (PL) 4.330/2004. Dilma também foi criticada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ao apresentar um “Pacto em defesa do emprego”, por meio de pronunciamento via TV Senado, o pemedebista disse que não concorda com um ”um ajuste míope, capenga, meramente trabalhista”, em referência ao pacote de ajustes fiscais que vem sendo promovido pelo governo federal.
Para a presidente, é necessária a regulamentação da terceirização, mas não para todas as funções. “É preciso assegurar ao trabalhador a garantia dos direitos conquistados nas negociações salariais, é preciso proteger a previdência social da perda de recursos e, assim, garantir a sua sustentabilidade. O meu governo tem o compromisso de manter os direitos e as garantias dos trabalhadores”, disse.
Em outro vídeo também divulgado nas redes sociais em alusão ao Primeiro de Maio, a presidente Dilma já havia defendido as medidas tomadas pelo governo federal. “Nos últimos 13 anos, o Dia do Trabalho tem sido uma data para avaliar e celebrar as vitórias da classe trabalhadora. A valorização do salário mínimo é uma das maiores conquistas desse período. Em março deste ano eu encaminhei ao Congresso uma Medida Provisória  que garante a política de valorização do salário mínimo até 2019. Por lei, vamos assegurar o aumento do poder de compra do trabalhador”, afirmou Dilma.
Além de criticar o projeto da terceirização, Dilma também atacou indiretamente o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). Dilma ressaltou que é preciso “nos acostumar às vozes das ruas” e defendeu o diálogo “franco e transparente” entre o governo e a sociedade como instrumento para a busca de consenso entre os diferentes setores da sociedade. A frase foi em alusão aos conflitos entre professores do Paraná e a Polícia Militar durante greve dos docentes, ocorrida na quinta-feira última.
“Temos que nos acostumar a fazer isso sem violência e sem repressão. Para isso, nada melhor do que o diálogo franco e transparente entre governo e sociedade”, disse Dilma.
Fonte: Congresso em Foco
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