Após repercussões negativas no Congresso, Dilma desiste de recriar CPMF


Decisão foi tomada após reunião com os ministros Nelson Barbosa, do Planejamento, e Aloizio Mercadante, da Casa Civil.
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Alvo de discussão nos últimos dias, a CPMF não será incluída na proposta orçamentária a ser enviada nesta segunda-feira (31) ao Congresso Nacional. 

A decisão foi tomada pela presidente Dilma Rousseff neste sábado após reunião com integrantes da equipe econômica no Palácio da Alvorada.
O recuo ocorreu porque a notícia de volta da CPMF “vazou” e a presidente não teve apoio para levar adiante o processo.
Um ministro disse ao jornal o Estado de São Paulo que houve muita insatisfação porque, ao propor o retorno da CPMF, o foco fiscal não era o objetivo do governo.
“Essa questão da CPMF era de financiamento da saúde, assim como estamos tratando o assunto da Previdência”, afirmou ao jornal o Estado de São Paulo um auxiliar direto de Dilma.
Sem a nova CPMF, a meta de superávit primário de 2016, de 0,7% do PIB, terá de ser reduzida novamente. 
Para fechar o orçamento de 2016, o governo tem de cobrir um rombo de aproximadamente R$ 80 bilhões. 
Pelos cálculos da equipe econômica, a cobrança do “imposto do cheque”, como ficou conhecida a CPMF, daria uma arrecadação líquida de R$ 68 bilhões para o governo federal, já descontando o repasse para Estados e municípios.
Desde que anunciou que iria ressuscitar a a contribuição, a presidente recebeu críticas duras de políticos da base de apoio e representantes de entidades empresarias. Nem os governadores e prefeitos, eventuais beneficiados com os recursos, embarcaram na canoa furada da presidente.
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