Greve da UERN: Assembleia define hoje os rumos do movimento paredista

SINDICATO DOS PROFESSORES REALIZA ASSEMBLEIA ÀS 09h00

O impasse entre o governo e os grevistas da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern) continua, depois da última tentativa de acordo durante a reunião que ocorreu, ontem (19), no Gabinete Civil, no Centro Administrativo de Lagoa Nova. A chefe do Gabinete Civil do governo, Tatiana Mendes Cunha, recebeu o comando de greve, em audiência da qual participara, ainda, a deputada federal Fátima Bezerra, o deputado estadual Fernando Mineiro, ambos do PT, e o reitor da UERN, Pedro Fernandes, e afirmou que o governo “não podia se comprometer” com o pleito dos grevistas – de estabelecer um acordo até 2017 para concessão de reajuste salarial.

Comissão da Aduern e membros do Governo se reuniram ontem

Tatiana Cunha afirmou que o governo não pode assumir o compromisso de dar o reajuste de 52% em duas vezes, diante da limitação imposta pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Segundo ela, a posição do governo é de voltar a conversar com os servidores e professores da Uern a respeito de reajuste salarial, se dentro de dois anos o Estado tiver superado a questão do limite prudencial imposto pela LRF.

O posicionamento do governo em relação a questão será discutida, ao meio-dia de hoje (20), em assembléia da Aduern, em Mossoró. Depois, os grevistas vão esperar por uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, a respeito do pedido de ilegalidade da greve feito pelo Governo do Estado, cuja ação está nas mãos do desembargador Cornélio Alves.

O governo pede a imediata suspensão da paralisação dos servidores da Uern, o que deverá ser julgado pelo plenário da Corte na sessão ordinária da manhã desta quarta-feira (21).

Para o desembargador Cornélio Alves, o que impediu a negociação foi o Governo não aceitar a extensão do auxílio transporte de 1’2,3% para os inativos. A categoria também pede a reposição dos dias parados, através da apresentação de um calendário de reposição; e negociação para a concessão da reposição com a melhora da situação fiscal do Estado. A greve dos professores e técnicos da UERN foi iniciada no dia 25 de maio deste ano. 

Fonte: Tribuna do Norte

DESTE BLOG: Professores deveriam aceitar a proposta do governo e continuar a negociação para os aposentados, pois são duas categorias distintas, inclusive alguns aposentados recebem mais direitos do que os professores ativos, como por exemplo: pagam quantia ínfima à Previdência e muitas vezes são isentos do Imposto de Renda e ainda recebem gratificação incorporada de funções gratificadas exercidas no passado.

Será hoje que os docentes da UERN vão tomar decisão se acabam com a greve ou se seguem adiante, mesmo sem perspectiva de negociação. Nos bastidores parece existir uma tendência de recuo, face a possibilidade do movimento ser declarado ilegal pela Justiça.