Com senadores denunciados, Senado costura “acordo” para retardar julgamento de Delcídio

Painel
A cúpula do Senado decidiu fazer operação-padrão para não julgar Delcídio do Amaral ao menos até que o STF se pronuncie sobre a denúncia contra o petista.
O plano é enrolar o processo no Conselho de Ética, empurrando com a barriga a nomeação do novo relator do caso e esticando os prazos da comissão.
Para os caciques do Senado, prosseguir com os trâmites agora abriria um precedente perigoso para os demais implicados na Lava Jato, entre eles o presidente Renan Calheiros.
Os principais partidos da Casa compartilham o barco da Lava Jato.
Estão nele três nomes do PMDB, Renan, Valdir Raupp e Romero Jucá; três do PT, Gleisi Hoffmann, Humberto Costa e Delcídio; dois do PP, Ciro Nogueira e Benedito de Lira, e um do PTB, Fernando Collor.
A oposição também não fica de fora: Aloysio Nunes, do PSDB, é alvo de inquérito desmembrado da operação. José Agripino, do DEM, também tem inquéritos abertos no Supremo, mas fora da Lava Jato.
Em conversas reservadas, Renan tem questionado: se o Supremo ainda não se posicionou sobre o caso de Delcídio do Amaral, por que o Senado teria de se antecipar?
Depois de tanto silêncio do Planalto, o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) vai procurar o antigo líder do governo para conversar.
AnteriorPagina Anterior ProximaProxima Pagina Página inicial

0 Comments:

Postar um comentário