Polícia Militar chegou por volta das 10h para acompanhar ato na Av. Paulista.
Cartazes de apoio a Sérgio Moro e contra a presidente estão por toda parte.
Manifestantes começaram a chegar à Avenida Paulista, em São Paulo, na manhã deste domingo (13), para protestar e pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Por volta das 9h, carros de som foram estacionados ao longo de toda avenida. A Polícia Militar chegou às 10h para acompanhar o ato, que começou no início da tarde.
Cartazes e faixas pedindo o impeachment de Dilma e em apoio ao juiz Sérgio Moro foram pregados nos postes. Ambulantes vendem bandeiras, apitos, camisetas e bonecos de ar do ex-presidente Lula e da Dilma como presidiários. Sob o Museu de Arte de São Paulo (MASP), manifestantes batiam panelas. Até o momento, a PM não informou balanço de participantes.
Boneco inflável da presidente Dilma Rousseff é enchido durante protesto em SP (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Um grupo encheu bonecos infláveis da presidente Dilma Rousseff, vestida de vermelho e com uma máscara, e do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva com roupa de presidiário, apelidado de "pixuleco".
No começo da tarde, uma mulher foi detida pela Polícia Militar por desacato em frente ao Masp e houve um princípio de confusão (assista ao vídeo abaixo). A corporação disse que a mulher arremessou uma garrafa de água contra os policiais. Ela foi retirada do ato e levada para o 78º Distrito Policial (DP).
Políticos no ato
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves, ambos do PSDB, reuniram-se na tarde deste domingo no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para ir juntos para o protesto pelo impeachment da presidente Dilma.
Este é o ato contra o governo federal que conta com a presença do governador de São Paulo. Já Aécio Neves participou de atos em Belo Horizonte, um deles na manhã deste domingo, antes de seguir para São Paulo. Nos últimos dias, o PSDB chegou a divulgar vídeo em que o senador convoca a população para participar dos atos deste domingo.
A senadora Marta Suplicy (PMDB) foi hostilizada enquanto dava entrevista em frente ao prédio da Federal das Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp). Sob gritos de "perua", "vira casaca" e "fora PT", ela foi expulsa do ato e voltou ao prédio da Fiesp escoltada por seguranças.
Senadora Marta Suplicy (PMDB) é hostilizada em ato a favor do impeachment (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)
Público
A aposentada Joana D'Arc disse que saiu de casa neste domingo para "protestar contra o PT radicalmente". Ela foi até a Avenida Paulista com amigos do prédio onde mora, da Vila Romana, carregando uma faixa escrito "fora PT".
Embrulhado em papel de presente, o protético Wagner Paiva foi fantasiado de "amigo do tríplex" para a manifestação. "O Brasil tem que lutar para melhorar", disse o manifestante quando chegava na Avenida Paulista.
Embrulhado em papel de presente, o protético Wagner Paiva foi fantasiado de "amigo do tríplex" para ato na Avenida Paulista, em São Paulo (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)
Aposentada Joana D'Arc disse que saiu de casa para "protestar contra o PT radicalmente". Ela participa de ato na Avenida Paulista, em São Paulo (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)
Camisetas e acessórios vendidos na Avenida Paulista, em São Paulo, durante ato para pedir impeachment de Dilma Rousseff (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)
Casal leva fotos de Lula e Dilma durante protesto na Avenida Paulista (Foto: Alexandre Moreira/G1)
Protestos anteriores
Em 2015, os quatro protestos contra o governo federal que ocorreram na região da Avenida Paulista foram em 15 de março, 12 de abril, 16 de agosto e 13 de dezembro. Em abril, a PM havia calculado em 275 mil o número de manifestantes. O Datafolha informou que foram 100 mil. Já os organizadores falaram em 800 mil pessoas.
Em março, tanto a PM como os organizadores informaram que havia 1 milhão de pessoas. O Datafolha apontava 210 mil. Em agosto, os grupos organizadores estimaram o público entre 900 mil e 1,5 milhão de pessoas. Segundo a Polícia Militar, foram 350 mil, no pico. O Datafolha contou 135 mil manifestantes naquela ocasião.
Em dezembro, o Datafolha calculou que o ato reuniu 40,3 mil manifestantes na Avenida Paulista. Já a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que havia 30 mil pessoas no horário de maior concentração, às 16h15.
Fonte: G1SP
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