Do Blog de Ney Lopes
Pelo “andar da carruagem”, o prefeito de Natal Carlos Eduardo “embalou” para candidatar-se ao governo do RN, em 2018.
Nos últimos dias tem se articulado, conversado e admitido nos bastidores essa hipótese.
Um fato não se pode negar: Carlos Eduardo será uma boa opção para governar o Estado, sem prejuízo de que surjam outros nomes, com idênticas características.
Na Prefeitura de Natal revelou-se um administrador capaz, bem avaliado pela população.
Tem nome limpo, condição fundamental para a disputa.
É político, outra característica importante para evitar “aventuras” ou “improvisos” em nome do “novo”.
GESTÃO PÚBLICA E PRIVADA
A gestão pública não é a mesma coisa da gestão privada.
Por isso, um candidato a governador do tipo “outsiders” terá que demonstrar possuir a noção do interesse público, em primeiro lugar.
Claro que esse perfil poderá revelar-se naqueles que já sejam políticos (não confundir o termo com os políticos envolvidos em operações como a Lava Jato), ou os que ainda não tenham militância política.
Todos são cidadãos e têm a legitimidade para disputar.
O que se exige são sinais claros de propostas lúcidas, que mostrem começo, meio e fim, todas elas colocando em primeiro lugar o lucro coletivo e não o privado.
ESTRATÉGIA
Os observadores da cena política local colocam alguns “itens” necessários para a montagem da estratégia, que viabilize a candidatura do prefeito Carlos Eduardo.
Diante de fatos públicos e notórios (dispensam-se comentários), o “palanque” do prefeito de Natal exigirá “muitos cuidados”, sob pena de ruir em plena campanha, por mais bem avaliado que ele seja.
Isso somente acontecerá, se o eleitor do RN não for diferente do resto do Brasil.
Se for diferente e seguir passivamente a orientação das lideranças tradicionais, dispensam-se esses “cuidados”.
Cabe lembrar, que o passado eleitoral do RN (2014) demonstra o eleitor livre desmoronando “estratégias” políticas poderosíssimas e aparentemente imbatíveis.
Imagine agora!
Ponderar tais riscos iminentes, certamente torna mais difícil a decisão de um prefeito de capital, com mais de dois anos de mandato, ainda.
O QUE PENSA CARLOS EDUARDO
Transpiram informações (não confirmadas) de que o prefeito Carlos Eduardo estaria com os “pés” no chão.
Ele aceita ser candidato, mas não admite assumir compromissos antecipados com ninguém, antes de atender, dentre outros, os seguintes requisitos:
Aplicação de uma pesquisa em todo o estado, que teria a sua coordenação pessoal, sem interferências externas.
A definição de uma “proposta de governo” que tenha publicamente o apoio das lideranças que subam no seu palanque, sobretudo em relação a “medidas duras” que seriam exigidas, no início do seu possível governo.
Não assumir qualquer tipo de compromisso na composição da chapa, tais como, exigências prévias de nomes pré-definidos para vice-governador, as duas vagas do senado e respectivas suplências. Essas candidaturas nasceriam de avaliações do próprio Carlos Eduardo, em função de pesquisas idôneas aplicadas no Estado. Nada de “cima pra baixo”.
Em função dessas condições, a possível candidatura seria consolidada, após o carnaval (final de fevereiro).
DIFICULDADES
Mesmo com todas essas cautelas, um fato ainda preocuparia o prefeito Carlos Eduardo.
Seria a imagem de uma “chapa familiar”, com os mesmos nomes de sempre, sem considerar as circunstâncias conhecidas da opinião pública.
Além disso, o prefeito teme o surgimento de “fatos novos”, após o lançamento da campanha, quando já tenha ao seu lado os “aliados-candidatos”.
O que faria, se isso acontecer?
No Brasil de hoje, nada é previsível, sobretudo quando há fatos concretos, já em marcha.
OPÇÃO DIFICIL
Nesse contexto de interrogações será uma opção eleitoral muito difícil a do prefeito Carlos Eduardo.
Ou parte agora, para tentar o governo do Estado.
Ou, adia para 2022, levando consigo o saldo de mais uma bem sucedida administração em Natal.
O fato verdadeiro é que Carlos Eduardo evoluiu nos últimos dias.
Após conversar com os senadores Garibaldi Alves e José Agripino passou a admitir que poderá candidatar-se ao governo.
O que não se sabe, na verdade, é se nessa conversa, ele já assumiu, ou não, compromissos com nomes para composição dos cargos majoritários de sua coligação (vice, as duas vagas do senado e suplências).
O que transpira é que a “aliança” com Garibaldi e Agripino estaria selada.
Será?
Opine o internauta.
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