O fenômeno Huck


POPULAR Mesmo sem postular uma candidatura, nas pesquisas, Luciano Huck foi aprovado por 60% da população (Crédito: Pedro Ladeira/Folhapress)

 
Foi um terremoto – ele diria “loucura, loucura, loucura”. A contar do momento em que Luciano Huck resolveu se incorporar a movimentos cívicos e organizados da sociedade dedicado a contribuir para o debate nacional, perpassaram menos de três meses. O suficiente para que o apresentador se transformasse no fenômeno eleitoral da vez. Por isso, o que no nascedouro parecia um mero balão de ensaio, uma eventual candidatura de Luciano Huck ao Palácio do Planalto assumiu ares de seriedade.

Não que ele tenha manifestado o interesse em lançar seu nome – pelo contrário, a interlocutores Huck tem indicado que irá declinar da postulação à Presidência. Mas, principalmente, em razão do potencial eleitoral que a possível candidatura demonstrou galvanizar e pelo alvoroço que esse fato político incontestável provocou no País.
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Nas últimas semanas, Huck foi paparicado por políticos de diversos matizes, recebido com tapete vermelho por pesos pesados do PIB nacional, teve seu nome incluído nas pesquisas de intenções de voto e até um convite formal para ingressar num partido – o PPS – chegou em suas mãos. É evidente, nenhum fenômeno eleitoral surge por geração espontânea. Num ambiente altamente tóxico e de total descrédito da classe política, Huck encarna um perfil capaz de cativar um eleitorado carente de opções, interessado em escapar da polarização radical Lula de um lado, Jair Bolsonaro de outro: tem cara de bom moço, ao lado da mulher Angélica personifica a família perfeita e promove ações sociais em seus programas de TV de alcance continental. Ou seja, seria o cara certo no lugar certo, num momento de desgaste do carcomido modelo político em que as pessoas não se sentem mais representadas pelos veteranos do jogo.
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