Do editor do Blog do Ney Lopes com acréscimo de foto
Novidades à vista no RN para a eleição de 2018 na disputa majoritária.
O PT, no último sábado, no encontro do Diretório Estadual, decidiu que terá candidatura própria ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, nas próximas eleições.
Até aí já se sabia, que a senadora Fátima Bezerra seria o nome oficial do partido para a disputa do governo estadual.
Os seguidores do ex-presidente Lula não falaram sobre nomes para o Senado, mas haveriam ações políticas nesse sentido, com o lançamento de uma candidatura inesperada e até hoje não comentada no Estado.
CANDIDATURA AO GOVERNO DO ESTADO
Na pré-campanha para o governo estadual há quem fale que a senadora Fátima Bezerra, em determinado momento, chegou a estimular o lançamento do nome da deputada Zenaide Maia, pertencente à família Maia do RN, para ser a candidata do partido ao governo.
O motivo seria o temor de Fátima enfrentar as reivindicações sindicais, caso ganhasse a eleição, sem recursos financeiros suficientes para atender as inúmeras demandas.
Com uma vida política construída à base de sindicatos, se isso ocorresse seria uma catástrofe para a carreira da Senadora Fátima Bezerra.
FATOS NOVOS
Todavia, essa estratégia parece ter refluído.
Não apenas pela decisão do Diretório Estadual do PT, que prefere a candidatura de Fátima Bezerra, mas por razões ainda não divulgadas (circulam nos bastidores da política), de “fatos novos”, que poderão influir e desgastar o nome da deputada Zenaide Maia, não apenas numa eventual candidatura ao governo estadual, mas até na sua pretensão de candidatar-se ao senado.
Tudo dependerá – é claro – de confirmação, ou não, desses “fatos novos”, nos próximos dias.
DILMA, CANDIDATA AO SENADO PELO RN
Intensificam-se comentários – não confirmados – de que o PT estadual articula o lançamento do nome da ex-presidente Dilma Rousseff, como candidata ao senado pelo Rio Grande do Norte.
Esse seria o maior desejo da senadora Fátima Bezerra.
Sabe-se que a ex-presidente Dilma já teria admitido candidatar-se ao senado em 2018.
Falou-se que seria pelo Rio Grande do Sul, Minas Gerais e depois o Tocantins.
Agora, as especulações são de que seja candidata pelo Rio Grande do Norte.
Do ponto de vista legal não haverá problema.
A ex-presidente é elegível, mesmo tendo sofrido o impeachment.
As alterações na Lei 9.504/97 (Lei das Eleições), determinadas pela recente Lei 13.487/17, definem que “Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo”.
Até início de abril de 2018 haverá prazo para a ex-presidente transferir o seu domicílio do Rio Grande do Sul para o Rio Grande do Norte.
Seria a união dos rios Guaíba (ou lago) e o Potengi.
Algo realmente inesperado para o cenário eleitoral potiguar.
SARNEY EM 1991
Esse fenômeno eleitoral ocorreu em 1991, após José Sarney ter deixado a presidência da República e não ter conseguido apoio da cúpula do PMDB do Maranhão para candidatar-se ao senado federal.
Diante do impasse, Sarney foi candidato (e ganhou a eleição) pelo então recém-criado Estado do Amapá.
ESTRATÉGIA DE DILMA SERIA COM PIMENTEL
O principal argumento que reforça realmente a hipótese da ex-presidente Dilma Rousseff optar por ser candidata ao senado pelo RN é que a sua estratégia, até o início deste mês de dezembro, era formar uma dobradinha em Minas Gerais “Fernando Pimentel para governador e Dilma Rousseff para o Senado”.
A ex-presidente tem grande afinidade e admiração pessoal por Fernando Pimentel, com quem militou em ações políticas do passado, reprimidas pela Revolução de 1964.
Além do mais, Dilma nasceu em Belo Horizonte, MG.
Ocorre que esse plano “gorou”, recentemente.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, no último dia 6, aceitar integralmente a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), que o coloca na condição de réu em processo penal.
Pimentel é acusado de ter praticado crime de corrupção passiva.
O MPF diz que ele recebeu propina quando era ministro do Desenvolvimento, justamente no primeiro governo de Dilma Rousseff (PT), entre 2011 e 2014.
Tais fatos tornam o governador mineiro atingido pela lei da ficha limpa, impedindo a “dobradinha” com Dilma.
DILMA FOI BENEFICIADA POR “MANOBRA”
Dilma Rousseff estaria decidida a candidatar-se ao senado federal.
No processo de impeachment ela saiu ilesa, do ponto de vista eleitoral, beneficiada por manobra referenda pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que acolheu questão de ordem, admitindo a votação “fatiada”, ou seja, votações em partes.
O fato chocou o mundo jurídico, diante do entendimento de que a votação do impeachment não poderia ter sido “fatiada”, pois no caso de presidente da República, a pena de inabilitação para funções públicas é uma consequência da cassação do mandato.
ÚLTIMA HORA, TAMBÉM NO RN?
A imprensa mineira vinha divulgando como “certa” a candidatura de Dilma pelo Estado de Minas Gerais.
Depois do julgamento de Pimentel, essa hipótese desapareceu, pois seria um palanque “pesado” ela junto com um “companheiro”, réu em processo de corrupção.
Abriu-se a janela para Dilma disputar pelo RN, atendendo pedido da senadora Fátima Bezerra?
Quem sabe!
Talvez!
Uma coisa é certa: por decisão pessoal já tomada, Dilma só anunciará a decisão de candidatar-se ao senado, na última hora do último dia para transferir o título, por razões estratégicas e suspense aconselhado por seu marqueteiro.
Está dito no manifesto divulgado sábado passado pelo Diretório Estadual do PT-RN, que a chapa do Senado será competitiva para dá sustentação ao futuro governo do presidente Lula e manter diálogo que evite desencontros da tática estabelecida pelo partido no estado e a disputa nacional.
A hipótese, portanto, existe de Dilma candidatar-se pelo RN.
Agora é aguardar os próximos capítulos!
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