CONGRESSO EM FOCO
Um admitiu, descartou, admitiu e descartou novamente ser candidato. O outro está próximo de anunciar sua filiação depois de um longo e silencioso namoro. Ambos, porém, têm condições de provocar uma reviravolta no quadro eleitoral. O apresentador Luciano Huck e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa serão candidatos com grandes chances na corrida eleitoral caso assumam suas candidaturas, avalia o sócio-diretor do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles.
Por meio do Instituto Datapopular, o publicitário virou referência, ainda no governo Lula, na pesquisa do comportamento, hábito e consumo da chamada nova classe média, camada da população que ascendeu socialmente na era petista. Para Meirelles, há algo em comum entre Huck e Joaquim além da fama que angariaram na TV e no Judiciário, respectivamente.
“Joaquim Barbosa e Luciano Huck teriam grande chance. Em especial, o Huck. Não é só pela fama, mas porque ele construiu a narrativa do consenso e não do dissenso. Seria um candidato que falaria com a base eleitoral do Lula e do PSDB. Seria uma candidatura que caminharia para unir, e não para dividir os brasileiros. A trajetória que marca ele é de quem empodera as pessoas. Isso dialoga com a demanda do eleitor que quer ser empoderado. Huck seria o player mais competitivo, com maior potencial de crescimento”, avalia.
Para o publicitário, Joaquim Barbosa tem um perfil que lembra, em parte, o do ex-presidente Lula e de grande parte da população brasileira. “Joaquim Barbosa tem história mais próxima do Lula, de quem veio de baixo e venceu na vida, tem uma história de intransigência com a corrupção, é negro como 53% da população, o que daria identidade maior com a população brasileira, tem possibilidade de balançar o jogo”, considera.
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