O fim das listas tríplice na UERN não é um assunto novo. Desde a “Estatuinte”, ainda no início dos anos 2000, a comunidade acadêmica da universidade já havia se posicionado pelo fim deste mecanismo que inibe a democracia e participação real nas escolhas da universidade. Em 2019, durante a aprovação do novo estatuto da UERN, os conselheiros tiveram a oportunidade de por um fim às listas, o que não aconteceu.
Em julho deste ano o Consuni recebeu proposta para ampliar a Lista Tríplice, que só existia para Reitoria e Diretores de Faculdades, também para as chefias de departamento. A ADUERN, representada pela sua vice-presidenta Kelânia Mesquita, pediu vistas, impedindo que o mesmo fosse votado de imediato. Na oportunidade, Kelânia destacou que não havia a necessidade de ampliação da lista tríplice e destacou os riscos que a decisão representava para a democracia interna da UERN
Na oportunidade, a ADUERN socializou o parecer de Kelânia e convocou toda a categoria docente a tomar ciência e debater a temática, mesmo assim o projeto foi aprovado pela maioria dos conselheiros do Consuni.
VEJA AQUI O PARECER DE KELÂNIA À ÉPOCA.
A decisão tomada pelo CONSUNI deixou a comunidade acadêmica da UERN profundamente insatisfeita e diante da gravidade dos fatos a ADUERN convocou a categoria a debater em assembleia as implicações da ampliação da lista tríplice. A categoria, em sua maioria, repudiou as mudanças aprovadas no conselho e decidiu que a ADUERN deveria encabeçar uma luta imediata pelo fim de todas as listas tríplice na universidade. A partir daí, o sindicato construiu uma minuta de lei que foi entregue no dia XXXX ao Governo do Estado reivindicando o fim das listas na UERN e nomeação dos nomes mais votados em processo de votação (veja mais sobre isso aqui).
A presidenta da ADUERN, Patrícia Barra, destacou a importância da decisão Consuni, em especial neste momento em que avança a intervenção ideológica do Governo Federal nas universidades públicas.
“Estamos vivendo um momento crítico, em especial no RN. No IFRN o candidato eleito não pode assumir e foi substituído por um interventor que sequer participou das eleições internas. Na Ufersa, a candidata menos votada da lista tríplice foi nomeada pelo Governo. Não podíamos permitir que coisas dessa natureza acontecessem na UERN, pois isso fragiliza as instituições, seus servidores e seu poder transformador. A autonomia universitária é fruto da luta coletiva e só através dela poderá ser mantida e protegida” destacou Patrícia.
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