STF: Ministro Barroso diz a deputados que eleições são 'seguras, transparentes e auditáveis'. Nâo há necessidade de impressão do voto

Presidente do TSE se reuniu com integrantes de comissão da Câmara que discute voto impresso, que STF já julgou inconstitucional. Barroso tem reforçado segurança da urna eletrônica.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (21) a um grupo de deputados que as eleições no Brasil são "seguras, transparentes e auditáveis".

Barroso se reuniu nesta segunda com técnicos do tribunal e parlamentares que integram a comissão da Câmara dos Deputados que discute a implementação do voto impresso.

A impressão do voto, já julgada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro.

"Essa sessão de trabalho procura demonstrar que as eleições brasileiras são seguras, transparentes e auditáveis", afirmou Barroso.

"Não é para mudar a convicção e compromissos políticos de cada um. É apenas uma reunião de transparência para demonstrar que tudo aqui é feito de maneira aberta e fiscalizável", completou.

Desde que Bolsonaro passou a atacar as urnas eletrônicas, Barroso tem dito que as urnas garantem eleições seguras e auditáveis e afirmado que o voto impresso criará o "caos" e a "judicialização" do processo eleitoral.

Mais cedo, nesta segunda, o corregedor do TSE, Luís Felipe Salomão, mandou Bolsonaro apresentar em até 15 dias as evidências que diz ter de fraude em eleições.

A reunião

Durante a reunião desta segunda, a área técnica do TSE fez uma apresentação para os deputados com dados sobre o sistema eletrônico, rebatendo boatos sobre os equipamentos.

O TSE afirma que o voto eletrônico acabou com a intervenção humana na eleição, responsável por lentidão na contagem dos votos e divulgação de resultado, além de falhas intencionais e não intencionais.

Autora da proposta em discussão na Câmara, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) afirmou que a apresentação do TSE foi esclarecedora, mas sem o olho do eleitor. Afirmou ainda que a superação das dúvidas sobre o sistema passa pela contagem dos votos.

Também presente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu a "contagem pública dos votos". 

Com Informações do G1

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