Na entrevista, Rodrigo Pacheco diz que proposta deve ser enterrada definitivamente no Congresso: ´Tendência muito forte'
BRASÍLIA — O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, indicou nesta sexta-feira, em entrevista à Globonews, que o Congresso Nacional está próximo de enterrar definitivamente a proposta do voto impresso. Pacheco disse que a decisão da comissão especial da Câmara, que rejeitou parecer favorável ao sistema, é uma "resposta legislativa".
Questionado sobre o assunto, afirmou ainda que há "uma tendência muito forte" para que o encerramento do assunto ocorra na própria Câmara dos Deputados.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta sexta-feira que vai submeter a proposta que prevê a implementação do voto impresso nas eleições à apreciação do Plenário da Casa, como antecipou o colunista Lauro Jardim. O cenário deve ser desfavorável a bolsonaristas, já que são necessários 308 votos para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Esse apoio, hoje, o governo não conta.
— O que se avizinha é um reconhecimento de que a tese do presidente da República e apoiadores (do voto impresso) será vencida. E, sendo vencida, haverão de respeitar — disse Pacheco.
O presidente do Senado indicou ainda que dará respostas institucionais a ações antidemocráticas. Além disso, afirmou que estará sempre aberto ao diálogo com os demais poderes.
— O Congresso Nacional vai se pronunciar. Uma comissão da Câmara dos Deputados já o fez dizendo que não se deve alterar o sistema o sistema eletrônico no Brasil. E esse é o papel do Congresso Nacional: afirmar as posições legislativas.
Pacheco disse ainda que qualquer pessoa que tentar sabotar o processo eleitoral será visto como "inimigo da nação".
— Já afirmei mais de uma vez, com toda a segurança, todo aquele que pregar algum tipo de retrocesso democrático ou pregar que não haverá eleições em 2022 será apontado pelo povo e pela História como inimigo da nação.
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