O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu que eleitores protejam o direito ao voto e destacou que testes públicos e privados comprovam a segurança do sistema de votação utilizado no Brasil. As declarações ocorreram na primeira sessão do semestre na corte eleitoral, realizada na noite desta segunda-feira (1º).
O magistrado destacou que há 26 anos a urna eletrônica foi adotada no Brasil e que diversos testes apontam a integridade do sistema, que garante o sigilo do voto. “Há um quarto de século, o sistema eleitoral brasileiro se apresenta e é seguro e confiável. Todos os candidatos eleitos no Brasil, desde os vereadores ao presidente da República, auferiram a totalidade dos votos que lhes foram concedidos nas urnas“, disse.
“Quem vocifera não aceitar resultado diverso da vitória não está defendendo a auditoria das urnas eletrônicas e do processo de votação, está defendendo apenas o interesse próprio de não ser responsabilizado pelas inerentes condutas ou pela inaptidão de ser votado pela maioria da população brasileira“, declarou.
Fachin destacou que a democracia não comporta ações que preguem contra a vontade da população. “A opção pela adesão cega à desinformação que prega contra a segurança e auditabilidade das urnas eletrônicas e dos processos eletrônicos de totalização de votos é a rejeição do diálogo e se revela antidemocrática“, afirmou o ministro.
O magistrado criticou a desinformação e a difusão de notícias falsas que tentam descredibilizar as eleições e convocou a população para garantir o respeito ao voto. “Concluo com uma palavra direta que peço licença para dirigir às eleitoras e aos eleitores: proteja o seu direito constitucional de votar, em quem quiser, pelo motivo que achar justo e correto. Não ceda aos discursos que apenas querem espalhar fake news e violência. O Brasil é maior que a intolerância e a violência. As brasileiras e os brasileiros são maiores do que a intolerância e a violência“, completou Fachin.
No mês passado, o presidente Jair Bolsonaro reuniu embaixadores e afirmou que as eleições de 2018 foram fraudadas e alegou que a urna eletrônica não é transparente. As declarações geraram diversas reações de autoridades do Legislativo, do Judiciário e de entidades da sociedade civil.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, destacou que a democracia é garantida pelo respeito ao voto do eleitor. “O MP mais uma vez se irmana ao TSE na defesa da nossa democracia representativa por meio de eleições transparentes, seguras e limpas… Não existe democracia sem respeito às minorias, sem respeito aos que se confrontam“, destacou Aras.
R7
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