Presidente da Câmara planeja reabrir prazo para federações e formar bloco político capaz de deixar Lula e o PT de joelhos
O pronunciamento de Arthur Lira ontem após a vitória de Lula não foi sem razão. O presidente da Câmara, ombreado por diversas lideranças partidárias, quis mostrar que o poder hoje em Brasília já não emana do Palácio do Planalto. E isso ficará ainda mais claro nos próximos meses.
Lira capitaneia neste momento uma iniciativa legislativa que pode reabrir o prazo para que partidos se unam em federações — o prazo havia se encerrado em maio. Com esse instrumento seria criada uma federação gigante, formada por PP, PL, PSD, União Brasil e até o Podemos. Calcula-se uma “bancada” superior a 260 parlamentares.
De cara, essa montagem partidária garante a reeleição de Lira no comando da Câmara — e até, quem sabe, a manutenção de Rodrigo Pacheco na presidência do Senado, a depender dos compromissos que venha a assumir.
O efeito imediato é a ocupação das dez principais comissões em cada Casa, incluindo CCJ e Comissão de Orçamento, retirando do PT e seus aliados qualquer cargo de comando no debate legislativo.
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