SENADOR JOSÉ AGRIPINO DEFENDE ALIANÇA DA BASE DA GOVERNADORA ROSALBA NO 1º TURNO


O senador José Agripino, presidente nacional do DEM, defende que os partidos que integram a base aliada da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tenham candidato único logo no primeiro tuno das eleições para prefeito de Natal no próximo ano. Ele citou - como legendas que integram a base aliada - PMDB, DEM, PP, PSDB e PMN. "Eu advogo que nós, dos partidos que apoiam a governadora, tenhamos um candidato só no primeiro turno. Não sei se será possível. Mas vou lutar para uniformizar essas legendas", destacou o senador, ontem, durante entrevista ao Jornal do Dia, da TV Ponta Negra.

José Agripino disse que há, para a sucessão municipal, pré-candidatos expressivos pelos partidos que estão na oposição ao Governo do Estado. Ele citou a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) e o ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT) como nomes que foram apresentados por suas respectivas legendas como pré-candidatos que têm densidade eleitoral. "(Nesse quatro) É preciso que a gente use a força dos partidos que fazem a base (da governadora) para apresentarmos uma candidatura com musculatura suficiente, irmos ao segundo turno e ganharmos a eleição", afirmou o senador do DEM.

José Agripino lembrou que o PMDB apresenta a pré-candidatura de Hermano Morais; o PSDB, de Rogério Marinho, e o DEM pode lançar um nome com expressão em Natal. Mas ele considera que aumentará as chances de vitória do bloco político da governadora se houver uma aliança em torno de um candidato já no primeiro turno. O senador não disse qual é critério que defende para a escolha da candidatura por essa possível coligação. "O assunto está em gestação", afirmou, na entrevista à TV Ponta Negra.

O presidente nacional do DEM procurou mostrar confiança no crescimento da legenda nas eleições do próximo ano. Ele destacou que o Democratas vai disputar o pleito em várias capitais com possibilidade de vitória - como em Macapá, Aracaju, Recife, Salvador e Campo Grande. "O partido está estruturado para ter um belo desempenho em prefeituras. O Democratas terá mais prefeitos do que atualmente. No plano nacional, vai crescer muito", disse, após admitir que, neste ano, a fundação do PSD pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, a partir de uma dissidência do DEM, acabou por diminuir o tamanho da legenda que preside. José Agripino procurou minimizar as implicações da dissidência. "O Democratas era grande, diminuiu um pouco de tamanho e vai voltar pela força das ideias. Saíram alguns, mas a essência ficou", disse.

Ele acrescentou que a sigla também tem perspectivas de crescimento nas eleições municipais no Rio Grande do Norte. O presidente nacional do DEM aproveitou a entrevista para reafirmar que a tendência do partido é não formar coligações com candidatos a prefeito pelo PSD. Ele comentou que o próprio Gilberto Kassab disse que a sigla que fundou não é de direita, nem centro, nem de esquerda. Para o senador, se o DEM formasse alianças para apoiar candidatos do PSD estaria transferindo "a história e a identidade" da sigla. "Temos o direito de preservar nossa trajetória e pedir votos para nossos candidatos", ressaltou.

Senador minimiza rompimento de Robinson

O senador José Agripino procurou minimizar as implicações do rompimento político do presidente estadual do PSD, vice-governador Robinson Faria, com a governadora Rosalba Ciarlini. Agripino destacou que a base aliada da governadora conseguiu não só manter as principais lideranças, como ampliar o bloco de sustentação ao receber o apoio integral do PMDB.

"Não há motivo para lamentar. Se fatos políticos ocorreram, bola para frente. A governadora vai cuidar de governar e tem suporte para isso", afirmou. Ele lembrou que o PMN, partido que Robinson deixou para formar o PSD no Estado, conseguiu manter a maioria dos seus deputados estaduais. Ao comentar os momentos de tensão com o vice-governador, Agripino disse que não houve uma medida que justificasse tanta celeuma. Ele considera que cumpriu sua obrigação de presidente nacional de um partido ao adotar as medidas legais contra o PSD, que se formava a partir das iniciativas para atrair quadros do DEM.





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