Jornalista de Mossoró lembra a história de lealdade de Rosalba à José Agripino

César Santos, Jornal de Fato, Mossoró, RN

Quando o deputado Vingt Rosado rompeu com o governador Tarcísio Maia, o seu sobrinho Carlos Augusto decidiu abrir uma dicotomia na tradicional família política de Mossoró.

Optou pelos Maias e, por consequência, assumiu liderança da nova via Rosado.

Essa posição se consolidou em 1982, quando Carlos coordenou em Mossoró a campanha do filho de Tarcísio, José Agripino, ao Governo do RN.

Naquela eleição, o líder Vingt optou pelo “voto camarão”, para beneficiar a candidatura de Aluízio Alves, derrotado por Agripino.

Começava aí uma das mais duradoras parcerias políticas do Estado, com história construída à base de apoios e sacrifícios.

Em 1988, a então pediatra Rosalba Ciarlini, esposa de Carlos, saía do anonimato para se eleger prefeita de Mossoró, com o braço forte dos Maias.

Dois anos depois, Rosalba ajudou a eleger Agripino para o segundo mandato de governador, com vitória tranquila em Mossoró.

Em 1994, veio o primeiro grande sacrifício de Rosalba em prol de Agripino.

Com eleição certa para a Câmara dos Deputados, Rosalba atendeu o apelo de Tarcísio para ser candidata a vice-governadora de Lavoisier Maia e, assim, abrir caminho para Agripino se eleger senador.

Explica-se: Lavô era senadorável com vitória certa e a outra vaga era do ex-governador Geraldo Melo, portanto sem chance para Agripino.

Foi preciso Lavoisier sair do páreo, e ele exigiu, para isso, que Rosalba fosse a vice para ganhar o colégio de Mossoró.

Mais à frente, outro exemplo de fidelidade, ocorrido em 2003.

A governadora recém-eleita Wilma de Faria, numa tentativa de alijar a liderança de Agripino, convidou Rosalba e Carlos para deixarem o PFL (hoje DEM), oferecendo toda a estrutura do Estado a partir de Mossoró. Rosalba e Carlos não só disseram não, como romperam com o governo Wilma, ficando ao lado de Agripino, que vivia um momento difícil.

Quatro anos depois, Agripino retribuiu, ao viabilizar a eleição de Rosalba ao Senado.

Mais do que isso: brigou em Brasília (DF) em defesa do mandato de Rosalba, quando os adversários tentavam cassá-la.

Depois daí, já como governadora, Rosalba respeitou a parceria e história política com os Maias, ao rejeitar três convites para deixar o DEM e assumir o comando de outra sigla.

Naquele momento, Agripino estava assumindo a presidência nacional do Democratas e Rosalba se manteve fiel.

Pois bem…

Esse breve histórico deve ser levado em consideração no momento em que a união Rosalba-Carlos/Tarcísio-Agripino está sendo colocada à prova.

Em momento delicado.

Fonte: Blog de Ney Lopes
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