RN vai precisar de R$ 336 milhões para garantir água

Diante a previsão de uma nova seca em 2016, o governo do Estado vai pedir R$ 336 milhões ao governo Federal para pôr em prática o Plano Emergencial de Segurança Hídrica. Com reunião marcada em Brasília, secretários estaduais apresentarão o documento que prevê as seguintes ações: perfuração de poços profundos onde ainda há água; compra de máquinas para perfuração; instalação de adutoras, dessalinizadores; e sistema de abastecimento por carro-pipa durante seis meses. 

Em função das dificuldades financeiras de municípios e do governo estadual, a única fonte de recursos para executar o plano na íntegra seria a União. “O plano é muito bem consolidado. Não sei se obteremos todos esses recursos de uma única vez. Iremos atuar elencando critérios de emergência”, disse Tatiana Mendes Cunha, secretária-chefe do Gabinete Civil. 

O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Mairton França, afirma que já observa uma migração de pessoas para do semiárido para a região litorânea do Rio Grande do Norte em função da seca. “É importante que a gente coloque toda a necessidade que temos. Caso não seja atendida, teremos um 2016 preocupante”, considerou. No plano emergencial, é previsto o deslocamento de 1 milhão de pessoas fugidas da seca para a Grande Natal e região litorânea. O documento não cita qual foi a metodologia adotada para chegar a esse dado. 
No campo econômico, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca (SAPE) já calcula perdas de cerca de R$ 3,8 bilhões na agricultura e no comércio, em 2015, decorrentes do quarto ano consecutivo de estiagem. Diante dessa situação, o governo estadual quer a execução imediata do plano que, conforme o titular da Semarh, foi recomendação da presidente Dilma Rousseff para viabilizar recursos. 
O plano foi enviado por sistema de comunicação eletrônico na terça-feira desta semana, mas a apresentação dele deve ocorrer na tarde da próxima segunda-feira (07), ao secretário nacional de Defesa Civil, o general Adriano Pereira Júnior. Além de Mairton França e Tatiana Mendes, também deverão fazer parte da comitiva do governo estadual o diretor-geral do Departamento Estadual de Estradas e Rodagens, general Jorge Fraxe, e o coordenador da Defesa Civil estadual, coronel Eliseu Dantas. Na conclusão do documento, a redação reforça que “faltam recursos físicos e financeiros disponíveis nos níveis necessários e em tempo hábil para evitar maiores perdas financeiras e desequilíbrio social”. 
O último levantamento mostram que a maioria dos reservatórios está seca ou entrando no volume morto (quando a água fica densa e não serve para consumo humano. Os três maiores reservatórios do Rio Grande do Norte - Armando Ribeiro Gonçalves (Assu), Santa Cruz (Apodi) e Umari (Upanema) chegaram ao fina de novembro com 773 milhões de metros cúbicos de água, o que representam um volume próximo a 20% de cada uma delas. 
Os institutos de meteorologia trabalham com a possibilidade de mais um ano de seca no Nordeste, apesar de dizerem que ainda é cedo para um parecer mais preciso sobre a quadra chuvosa de 2016.
Com os reservatórios das hidrelétricas chegando ao final, o estudo da Climatempo (veja mais detalhes na página 10), os consumidores do RN devem também continuar pagando bandeira vermelha, uma sobretaxa criada pelo governo federal para financiar a geração de energia em termelétricas. 
Com El Niño chegando ao ápice em janeiro, é provável que a situação do abastecimento se agrave no interior do RN.Publicação: 2015-12-05 00:00:00 | Comentários: 0
Diante a previsão de uma nova seca em 2016, o governo do Estado vai pedir R$ 336 milhões ao governo Federal para pôr em prática o Plano Emergencial de Segurança Hídrica. Com reunião marcada em Brasília, secretários estaduais apresentarão o documento que prevê as seguintes ações: perfuração de poços profundos onde ainda há água; compra de máquinas para perfuração; instalação de adutoras, dessalinizadores; e sistema de abastecimento por carro-pipa durante seis meses. 

Em função das dificuldades financeiras de municípios e do governo estadual, a única fonte de recursos para executar o plano na íntegra seria a União. “O plano é muito bem consolidado. Não sei se obteremos todos esses recursos de uma única vez. Iremos atuar elencando critérios de emergência”, disse Tatiana Mendes Cunha, secretária-chefe do Gabinete Civil. 

O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Mairton França, afirma que já observa uma migração de pessoas para do semiárido para a região litorânea do Rio Grande do Norte em função da seca. “É importante que a gente coloque toda a necessidade que temos. Caso não seja atendida, teremos um 2016 preocupante”, considerou. No plano emergencial, é previsto o deslocamento de 1 milhão de pessoas fugidas da seca para a Grande Natal e região litorânea. O documento não cita qual foi a metodologia adotada para chegar a esse dado. 
No campo econômico, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca (SAPE) já calcula perdas de cerca de R$ 3,8 bilhões na agricultura e no comércio, em 2015, decorrentes do quarto ano consecutivo de estiagem. Diante dessa situação, o governo estadual quer a execução imediata do plano que, conforme o titular da Semarh, foi recomendação da presidente Dilma Rousseff para viabilizar recursos. 
O plano foi enviado por sistema de comunicação eletrônico na terça-feira desta semana, mas a apresentação dele deve ocorrer na tarde da próxima segunda-feira (07), ao secretário nacional de Defesa Civil, o general Adriano Pereira Júnior. Além de Mairton França e Tatiana Mendes, também deverão fazer parte da comitiva do governo estadual o diretor-geral do Departamento Estadual de Estradas e Rodagens, general Jorge Fraxe, e o coordenador da Defesa Civil estadual, coronel Eliseu Dantas. Na conclusão do documento, a redação reforça que “faltam recursos físicos e financeiros disponíveis nos níveis necessários e em tempo hábil para evitar maiores perdas financeiras e desequilíbrio social”. 
O último levantamento mostram que a maioria dos reservatórios está seca ou entrando no volume morto (quando a água fica densa e não serve para consumo humano. Os três maiores reservatórios do Rio Grande do Norte - Armando Ribeiro Gonçalves (Assu), Santa Cruz (Apodi) e Umari (Upanema) chegaram ao fina de novembro com 773 milhões de metros cúbicos de água, o que representam um volume próximo a 20% de cada uma delas. 
Os institutos de meteorologia trabalham com a possibilidade de mais um ano de seca no Nordeste, apesar de dizerem que ainda é cedo para um parecer mais preciso sobre a quadra chuvosa de 2016.
Com os reservatórios das hidrelétricas chegando ao final, o estudo da Climatempo (veja mais detalhes na página 10), os consumidores do RN devem também continuar pagando bandeira vermelha, uma sobretaxa criada pelo governo federal para financiar a geração de energia em termelétricas. 
Com El Niño chegando ao ápice em janeiro, é provável que a situação do abastecimento se agrave no interior do RN.
Fonte: Tribuna do Norte

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