Na edição de quinta-feira de sua tradicional live semanal, Jair Bolsonaro tentou descolar a própria imagem da prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro. A Operação Anjo, conduzida pela Polícia Civil de São Paulo a pedido do Ministério Público (MP) do Rio, fez com que Queiroz fosse detido preventivamente por tentar atrapalhar a investigação sobre um esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio.
— Deixo bem claro, não sou advogado do Queiroz e não estou envolvido nesse processo — começou o presidente, antes de reclamar que “foi feita uma prisão espetaculosa”. O ex-policial militar estava escondido em um imóvel em Atibaia (SP), cujo dono é Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.
A estratégia do presidente para se desvencilhar de Queiroz não foi bem-sucedida entre os usuários do Twitter, rede social em que ele atua de maneira expressiva, assim como sua base de apoiadores. Levantamento da consultoria Quaest feito a pedido do Sonar mostrou que as menções negativas a Bolsonaro superaram as de Queiroz — o ex-assessor foi mencionado mais de 1,3 milhão de vezes entre quinta e sexta-feira, segundo dados da consultoria Quaest.
De acordo com a Quaest, houve 5.738.696 menções negativas a Bolsonaro no Twitter entre a 1h da manhã de quinta-feira e as 18h de sexta-feira. Já Wassef, um dos principais elos do presidente com o acontecimento, foi citado em menor escala. A consultoria verificou, no mesmo período, a existência de 135.765 mensagens negativas sobre o caso contendo a palavra “advogado”. O cálculo considerou uma média de citações desfavoráveis por hora.
Para o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o cenário indica que os usuários da rede social associaram Bolsonaro à prisão do ex-assessor do filho de maneira veloz, sem isolá-lo da atitude de Wassef, que garantiu guarida a Queiroz.
— Há um debate sobre se o presidente conseguiu desvencilhar a própria imagem da imagem de Queiroz. E os dados do Twitter mostram que isso não ocorreu na rede, uma vez que Wassef, o advogado, foi muito menos mencionado negativamente do que Bolsonaro, a quem as pessoas criticaram diretamente pelo local em que Queiroz foi encontrado — avalia Nunes.
SONAR – O GLOBO
— Deixo bem claro, não sou advogado do Queiroz e não estou envolvido nesse processo — começou o presidente, antes de reclamar que “foi feita uma prisão espetaculosa”. O ex-policial militar estava escondido em um imóvel em Atibaia (SP), cujo dono é Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.
A estratégia do presidente para se desvencilhar de Queiroz não foi bem-sucedida entre os usuários do Twitter, rede social em que ele atua de maneira expressiva, assim como sua base de apoiadores. Levantamento da consultoria Quaest feito a pedido do Sonar mostrou que as menções negativas a Bolsonaro superaram as de Queiroz — o ex-assessor foi mencionado mais de 1,3 milhão de vezes entre quinta e sexta-feira, segundo dados da consultoria Quaest.
De acordo com a Quaest, houve 5.738.696 menções negativas a Bolsonaro no Twitter entre a 1h da manhã de quinta-feira e as 18h de sexta-feira. Já Wassef, um dos principais elos do presidente com o acontecimento, foi citado em menor escala. A consultoria verificou, no mesmo período, a existência de 135.765 mensagens negativas sobre o caso contendo a palavra “advogado”. O cálculo considerou uma média de citações desfavoráveis por hora.
Para o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o cenário indica que os usuários da rede social associaram Bolsonaro à prisão do ex-assessor do filho de maneira veloz, sem isolá-lo da atitude de Wassef, que garantiu guarida a Queiroz.
— Há um debate sobre se o presidente conseguiu desvencilhar a própria imagem da imagem de Queiroz. E os dados do Twitter mostram que isso não ocorreu na rede, uma vez que Wassef, o advogado, foi muito menos mencionado negativamente do que Bolsonaro, a quem as pessoas criticaram diretamente pelo local em que Queiroz foi encontrado — avalia Nunes.
SONAR – O GLOBO
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