Vice da Câmara cobra "coragem" de Eduardo Bolsonaro para assumir voto sobre o 'golpe do fundão'.

 Marcelo Ramos ainda aproveitou para dizer que o deputado do PSL e filho do presidente da República não aparece na Câmara "há muito tempo"


Ontem, após deputados bolsonaristas começarem a dizer que votaram a favor da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e não ao “golpe do fundão”, o deputado Marcelo Ramos (PL), vice-presidente da Câmara e que presidia a sessão do Congresso, cobrou “coragem” de Eduardo Bolsonaro e demais governistas em relação ao tema.

No plenário, Ramos lembrou que o reajuste do fundão de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões estava contido no texto principal da LDO e acrescentou que “nenhum deles” — referindo-se aos parlamentares da base de apoio do governo — pediu votação nominal (quando o voto dos parlamentares é computado) durante a apreciação do destaque apresentado pelo partido Novo que tentou, sem sucesso, derrubar o “golpe do fundão”.

“Quero dizer ao deputado Eduardo Bolsonaro que ele deve ter coragem de assumir seus votos, as suas atitudes e as suas posturas, porque tenho que assumir as minhas. Não exponho os colegas, não tergiverso sobre minhas posições mesmo quando são impopulares”, disse Ramos.

E mais:

“E outra coisa: o partido do deputado Bolsonaro, o líder do governo do presidente Bolsonaro, nenhum deles protestou quando da orientação da votação simbólica do destaque do Novo. É muito fácil, depois da votação simbólica, ir para a rede social e dizer que votou contra e tentar transferir responsabilidade. Eu agi estritamente dentro das regras regimentais.”

O vice-presidente da Câmara aproveitou para dizer que Eduardo Bolsonaro não frequenta o Congresso “há muito tempo”.

Leia também: Deputados que aprovaram LDO registram voto contrário ao “golpe do fundão”

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