NÃO AO RADICALISMO POLÍTICO Um casamento de conveniência: o recado de Lula que vale para Fátima e para a militância do PT

O casamento de Lula e Alckmin, que virou manchete de capa da Veja dessa semana, como sendo de conveniência, pode ser replicado pelo país afora.

Lula sabe que tem que ganhar a eleição e o ‘casamento’ com um ex-adversário é um recado à militância petista que sempre pregou a união exclusiva com os ‘de casa’.

O recado vale para o PT do Rio Grande do Norte, onde pelo menos parte dele, torceu o nariz para uma possível composição com o deputado Walter Alves, do MDB, como o nome que mais agregaria sendo vice na chapa de reeleição.

O recado de Lula é direto e vai muito mais para a militância do que para os candidatos.

Primeiro tem que ganhar a eleição.

A militância tem que continuar calçando tênis.

No plano nacional, como no local, do Rio Grande do Norte, as pesquisas indicam Lula – e aqui Fátima – apesar da natural rejeição de quem governa ou governou – se apresentando numa dianteira folgada.

Mas subir no salto do favoritismo já deixou sem mandato muitos supostos eleitos pelo Brasil afora.

O próprio Walter experimentou a derrota do pai, Garibaldi Filho, quando tentou se eleger pela terceira vez governador surfando no favoritismo, até que Wilma de Faria, que na primeira eleição surgiu como desconhecida, se reelegeu derrotando Garibaldi.

A Wilma de hoje, desconhecida do interior, tende a ser o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, com Walter ao lado, como vice.

Uma chapa que ainda não foi anunciada e sequer confirmada pelo principal nome, Ezequiel. O deputado nunca tornou público nem que poderia ser candidato.

O discurso nunca foi dele, mas da oposição que precisa de uma chapa para tentar eleger Rogério Marinho senador e aboletar no Rio Grande do Norte o rejeitado presidente Jair Bolsonaro.

Na política não existem posições confortáveis e popularidades que não possam despencar.

Faltando pouco mais de 6 meses para as eleições, Lula encarou a militância de frente e correu atrás dos votos.

No Rio Grande do Norte, Fátima achou que tinha feito o mesmo, amarrando a ela o ex-prefeito Carlos Eduardo, que sem aliados e sem resultados no interior, e com eleitores da capital torcendo o nariz para o projeto dele no PT, não tem como provar que lhe dará votos.

Resta à governadora e ao seu grupo político, entenderem a mensagem de Lula.


FONTE: thaisagalvao.com.br
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