Apesar do aumento, esse universo representa apenas 15% dos mais de 6 milhões de brasileiros que estão hoje nessa faixa etária, conforme a projeção mais recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os esforços para reverter este quadro têm partido não apenas do próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas também de influenciadores e celebridades.
Devido a um conjunto de fatores, inclusive o envelhecimento da população brasileira, o número de jovens com título de eleitor vem caindo nas últimas décadas. Em 1992, ano do registro mais antigo do TSE, havia 3,2 milhões de eleitores com 16 ou 17 anos no país. Já nas últimas eleições gerais, em 2018, o total havia encolhido para 1,4 milhão, menos da metade.
Mesmo tendo sido uma baixa histórica, o contingente de quatro anos atrás não será alcançado facilmente em 2022. Para isso, será preciso convencer pelo menos 500 mil potenciais eleitores de 16 e 17 anos a emitirem o documento nas próximas seis semanas. A data-limite é 4 de maio.
Em março, o TSE fez uma campanha no Twitter sobre a importância de tirar o título. A mensagem alcançou 88 milhões de usuários, graças à ajuda de perfis famosos que foram desde times de futebol, como Flamengo e Corinthians, até o fã-clube do grupo de K-pop BTS. O resultado foi a emissão de quase 100 mil novos títulos em uma semana, dos dias 14 a 18 deste mês, para jovens entre 15 e 18 anos.
O processo atual de emissão do título é 100% digital. O pedido da primeira via do documento pode ser feito online, na página de autoatendimento do eleitor, do TSE, e exige apenas carteira de identidade, comprovante de residência e, no caso dos homens, também o comprovante de quitação do serviço militar (veja instruções abaixo).
Para votar no dia da eleição, também não será necessário levar o título em papel. Basta baixar um aplicativo, o e-Título, informar o número do documento e mostrar a versão digitalizada para o mesário na seção eleitoral.
UOL
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