O América tinha a obrigação e vencer o Náutico e, para empurrar o time, o clube fez até promoção de ingressos. A torcida entendeu o recado, 15.592 torcedores foram à Arena das Dunas e todo esforço funcionou. O Alvirrubro bateu o o Timbu por 1 a 0, gol de Rodrigo Pimpão, e chegou aos 43 pontos, o que tira o time da zona de rebaixamento.
O jogo
Sabendo que qualquer resultado que não fosse a vitória seria a morte, como havia decretado o próprio treinador Roberto Fernandes, o América começou a partida diante do time pernambucano no ataque. Ao mesmo tempo em que valorizava a posse de bola, buscava dar velocidade às jogadas, principalmente pelo setor esquerdo, de onde surgiram duas excelentes oportunidades nos primeiros onze minutos.
Na primeira delas, Rodrigo Pimpão recebeu a bola na intermediária foi avançando sob olhares dos marcadores adversários, o jogador entrou na área em velocidade e ao invés de tentar o cruzamento, arriscou para o gol e a bola acertou a trave direito do arco defendido por Júlio César.
O Náutico, tranquilo na competição e apenas cumprindo tabela, procurava cadenciar o jogo. Como os natalenses eram só ataque, os jogadores do Timbu buscavam se livrar da pressão a qualquer custo, mas continuavam levando sustos, como num cruzamento de Daniel Costa para Max, que mandou outra bola, dessa vez, triscando o travessão.
De tanto insistir, o América acabou premiado aos 27 minutos, quando em nova escapada pela esquerda, Wanderson cruzou, Max cabeceou na pequena área, Júlio César fez excelente defesa, mas no rebote, Pimpão foi mais rápido e empurrou a bola para o fundo da rede, tirando o grito de gol preso na garganta dos torcedores, que responderam em coro dizendo: “Eu acredito!... Eu acredito!...”. Depois de largar em vantagem, os donos da casa diminuíram o ritmo alucinando que vinham empreendendo na partida. O Náutico adiantou suas linhas, mas tinha dificuldades de furar o bloqueio defensivo americano.
Na volta do intervalo, Dado Cavalcanti reconheceu a superioridade do América, disse que o setor ofensivo de sua equipe não existiu e colocou Cañete no lugar de Bruno Furlan para tentar ficar mais agressivo. Já Roberto Fernandes reclamou da diferença mínima do placar, que segundo ele poderia estar garantindo mais tranquilidade a equipe potiguar.
No campo, a partida reiniciou nervosa e mais equilibrada. O Náutico conseguiu encaixar melhor a marcação passando a dificultar as investidas americanas, ao mesmo tempo de que com Cañete, o time ganhou mais força ofensiva e passou a rondar a área do América com mais frequência. Porém, continuava com problemas para concluir as jogadas.
Agora o América volta a campo no próximo sábado contra o Paraná. Para o próximo compromisso, o treinador Roberto Fernandes não poderá contar com o zagueiro Edson Rocha e nem com o meio-campista Fabinho, suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Em uma semana, o América vai definir sua vida na Série B do Brasileirão.
Ficha técnica
América (1): Andrey, Walber, Cleber, Edson Rocha e Wanderson; Márcio Passos, Fabinho, Daniel Costa (Neto) e Arthur Maia (Andrezinho); Max E Rodrigo Pimpão (Emerson). Técnico: Roberto Fernandes.
Náutico (0): Júlio César, Neílson, Luiz Alberto, Renato Chaves e Gaston Filgueira; João Ananias, Eli Carlos (Luizinho Melo), Vinícius e Marinho; Bruno Furlan (Cañete) e Sassá (Crislan). Técnico: Dado Cavalcanti.
Árbitro: Pathrice Wallace Corre Maia (RJ)
Gols: Rodrigo Pimpão/AME (27’/1ºT)
Público: 15.592 torcedores
Renda: R$ 145.015,00
TN
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